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sábado, 27 de outubro de 2012

O que é um Centro Espírita?

O que é um centro espírita ?













A Doutrina Espírita, ou Espiritismo, tem como lema a liberdade de expressão. Assim, não há um órgão centralizador, como ocorre, por exemplo, na Igreja Católica. Há apenas os princípios básicos que sustentam a Doutrina, ou seja: a existência de Deus, dos Espíritos, a possibilidade da comunicação com eles, a existência do mundo espiritual, da Lei de causa e efeito e a reencarnação.
Diante disso, cada Centro espírita tem a possibilidade de praticar as atividades doutrinárias da maneira que achar melhor.

A prática correta ou não destas atividades vai variar de acordo com o conhecimento do grupo que dirigir a casa. E a melhor maneira de sabermos se os trabalhos estão sendo feitos dentro dos preceitos de Allan Kardec é analisarmos os resultados obtidos na orientação e tratamento dos problemas materiais e espirituais dos que buscam ajuda no Centro espírita.

RECEPÇÃO: aquele que chega pela primeira vez no Centro espírita geralmente tem uma série de dúvidas a respeito do funcionamento da casa. Muitas vezes nem sabe o que irá encontrar ali, haja visto a grande confusão que há na sociedade sobre o que é e o que não é Espiritismo. Havendo uma recepção, que pode ser uma simples mesa ou uma sala, o indivíduo poderá para lá se dirigir e obter as informações sobre horário de funcionamento da casa, trabalhos desenvolvidos etc.
É necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos. Precisamos lembrar que a recepção é o primeiro contato do visitante com o Centro espírita. E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do grupo.

PALESTRAS: O ser humano só consegue libertar-se de seus vícios morais ou materiais quando se esclarece dos malefícios que os mesmos trazem para sua existência. É através das palestras que os oradores conseguem levar o conhecimento espiritual existente na Doutrina Espírita.

Porém, por ser uma atividade de maior seriedade, deve ser entregue a pessoas preparadas doutrinariamente e experientes em relação à vida cotidiana.
O assistente precisa sentir no palestrante o que a Doutrina chama de força moral. Ou seja, que o expositor esteja falando de algo que conhece e pratica.
O tempo destinado à palestra também é importante. Muito curtas, são superficiais; compridas, tornam-se exaustivas. O ideal são palestras que tenham duração de no mínimo 30 minutos e no máximo 40 minutos.
Seu teor deve mesclar os postulados da Doutrina Espírita e o Evangelho de Jesus. Sempre que possível, relacioná-los com o dia-a-dia da sociedade. Assim, o ouvinte poderá fazer ligações do que está ouvindo com seus próprios problemas e dúvidas.

Importante: no momento da palestra, é aconselhável que as demais atividades da casa sejam interrompidas para que todos os trabalhadores e público possam escutá-la. Lembremos que a palestra será o agente modificador do necessitado e incentivador dos que prestam assistência no núcleo.


ATENDIMENTO FRATERNO: chamado em alguns Centros espíritas de consulta ou entrevista, este trabalho visa orientar espiritualmente pessoas que chegam à Casa Espírita em busca de ajuda.

Os assistidos são atendidos por trabalhadores experientes da Casa numa conversa fraterna e cristã, e todas as informações prestadas são altamente sigilosas.

REUNIÃO MEDIÚNICA: trata-se de uma reunião íntima onde apenas participam os médiuns (pessoas com maior capacidade de sentir a influência dos Espíritos) da casa e algum trabalhador auxiliar, pois ali muitas vezes serão tratados assuntos que dizem respeito à vida particular de pessoas que buscaram auxílio no Centro espírita. Depois de passarem pela sala de atendimento, e verificado possíveis influências espirituais (obsessão), os casos serão levados às reuniões mediúnicas, ou de desobcessão. Nestas reuniões, o dirigente da sessão fará o que Allan Kardec denominou de evocação, ou seja: solicitará a Jesus e aos Espíritos superiores que permitam a manifestação da entidade espiritual que está acompanhando determinado ser. Ao se manifestar em um dos médiuns presentes, este Espírito receberá o que o Espiritismo chama de doutrinação, que nada mais é do que uma conversa franca e amigável com o Espírito comunicante. O trabalhador responsável tentará obter do Espírito o que ele deseja ao lado do necessitado e tentará convencê-lo a afastar sua influência, com a ajuda dos Espíritos que dirigem a casa.

A reunião mediúnica também pode servir para que os bons espíritos dêem orientações e para que os sofredores manifestem-se, podendo ser ajudados através da conversa.

Importante: para conseguirem-se bons resultados na doutrinação dos Espíritos é necessário que médium e doutrinador tenham uma vida moral sadia. Vícios materiais, como o cigarro, a bebida ou as drogas; e vícios morais, como o adultério, o orgulho, a sensualidade exagerada e a mentira devem ser combatidos rapidamente por aqueles que se dispõem a trabalhar em nome de Jesus em um Centro espírita.

Assim como nas palestras, onde o exemplo moral do palestrante é que tocará o indivíduo que o escuta, na mediunidade o Espírito só será convencido de que precisa se modificar se sentir que quem o está orientando ou dando-lhe passagem está esforçando-se também para isso. Caso contrário, a evocação dificilmente trará benefícios ao sofredor.

TRATAMENTO ESPIRITUAL: todo aquele em que foi diagnosticada uma influência espiritual (obsessão) deverá passar por um tratamento espiritual. Ele consiste na aplicação de passes semanais, a ingestão de água fluidificada e o acompanhamento das palestras no centro espírita, buscando a análise constante das imperfeições que possibilitaram à má influência instalar-se ao seu lado, tentando melhorar-se moralmente a cada dia.

Este tratamento será complementado nas reuniões mediúnicas, onde os responsáveis pela ajuda continuarão a evocar a entidade perturbadora no sentido de orientá-la a seguir outro caminho.
Assim, atua-se nos dois campos que geram o problema obsessivo: o obsediado, orientando-o moralmente e auxiliando-o fluidicamente; e o obsessor, alertando-o de seu estado e encaminhando-o para um melhor estágio espiritual.

PASSES: os passes são transmissões de fluidos de um ser para outro. Os fluidos são energias que fazem parte da estrutura material e espiritual dos seres. Nos centros espíritas é aconselhável que os médiuns passistas tenham uma vida regrada, sem os vícios já citados no item "Reuniões mediúnicas". Afinal, se seus fluidos estiverem contaminados por maus pensamentos ou atitudes indevidas poderão prejudicar ao invés de auxiliar quem os recebe.

O passe é aplicado apenas com a imposição das mãos do passista sobre a fronte do indivíduo. Não é necessário tocá-lo.
No momento do passe, o passista busca sintonia com os Espíritos superiores, geralmente através de uma prece feita de pensamento. Com isso, estes amigos espirituais poderão ajuntar seus fluidos aos fluidos do médium, favorecendo ainda mais quem está recebendo. A pessoa após o passe irá se sentir fortalecida e mais disposta frente aos problemas por quais passa.

Importante: o passe é um complemento espiritual, e não a solução. Para que o indivíduo possa melhorar é necessário que busque constantemente a libertação de suas imperfeições. Aqueles que buscam a casa espírita apenas para receber o passe devem ser orientados sobre a necessidade do esclarecimento através das palestras e das boas leituras.


LIVRO DE PRECES: muitas pessoas que vêm ao centro têm parentes e amigos que não podem acompanhá-los por variados motivos: doença, viagem, trabalho ou mesmo ignorância sobre o que é a Doutrina Espírita. Outras há que gostariam que seus entes desencarnados recebessem boas vibrações através de orações feitas no núcleo. O livro de preces serve para isso. As pessoas deixam lá os nomes, idade e endereço dos que elas gostariam que fossem beneficiados pela prece. Um trabalhador da casa pode ficar responsável por anotar os dados, que posteriormente serão levados para a reunião mediúnica. Assim, em determinada parte do trabalho, será feita uma prece a Jesus e aos bons Espíritos, pedindo que possam interceder junto àqueles que ali estão anotados.


Importante: sempre que possível, orientar ao público que embora as preces à distância possam levar ajuda, o ideal é a presença da pessoa na casa espírita, onde o amparo será mais direto e os resultados melhores.


ESTUDO DOUTRINÁRIO: é indispensável ao bom funcionamento do centro espírita o estudo semanal da Obras Básicas da Doutrina Espírita. Para os trabalhadores em geral, é aconselhável a leitura de "O Livro dos Espíritos" e de "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Quanto aos que trabalham na mediunidade, a leitura de "O Livro dos Médiuns" torna-se obrigatória para o bom desenvolvimento de suas faculdades.

Se a casa espírita fica sem estudo torna-se presa fácil de Espíritos atrasados que vez por outra tentam atrapalhar o bom andamento dos trabalhos em nome de Jesus. Conhecendo as Obras Básicas da Doutrina, as orientações de Kardec e os conselhos dos Espíritos superiores os trabalhadores do centro estarão mais atentos para saberem se estão ou não fazendo da casa um núcleo espírita sério.
As obras acessórias que existem no movimento espírita, psicografadas (escritas através de médiuns influenciados por Espíritos) por Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e tantos outros médiuns de renome também podem ser estudadas, desde que não sejam o alvo principal dos estudos. O trabalhador precisa estudar e revisar constantemente as obras de Kardec para poder separar o joio do trigo existente nas obras acessórias.

Importante: Para os que estão ingressando ou querendo ingressar nos trabalhos da casa, é importante que o centro tenha um curso para iniciantes.

Há vários cursos deste tipo no movimento espírita, que trazem um resumo da Doutrina e de sua história. É aconselhável que diferente dos trabalhadores, que devem estudar sempre, os iniciantes tenham um curso de curta duração (no máximo 5 meses, com aulas semanais). Caso contrário, poderão desanimar antes de conhecerem mais a fundo o Espiritismo.
Se o curso seguir estas dicas, com certeza será um grande auxiliar na captação de novos trabalhadores para o centro.

ASSISTÊNCIA MATERIAL: a caridade material deve fazer parte de toda casa espírita. Se ficarmos apenas na teoria, sem colocar "a mão na massa", o centro corre o risco de tornar-se apenas um núcleo de muita conversa e pouco serviço.

Trabalhos assistenciais a serem desenvolvidos não faltam: visitas a enfermos em hospitais, manicômios, orfanatos, asilos; distribuição de cestas de alimento, de roupas, de comida; desenvolvimento de escolas profissionalizantes, cursos de gestantes, e evangelização infantil em favelas e muitas outras formas de auxílio aos carentes do pão material.
Todo trabalhador do Centro espírita deve buscar ao menos um tipo de caridade material por semana. Isso desenvolverá dentro dele o sentimento de compaixão ao próximo, que lhe será muito útil em sua vida, dentro e fora da casa espírita.

DIVULGAÇÃO DOUTRINÁRIA: a Doutrina Espírita precisa ser bem divulgada para que diminuam as confusões existentes entre ela e cultos espiritualistas ou afro-brasileiros. Ter uma biblioteca na casa é de extrema importância. O centro poderá comprar ou receber em doações uma série de livros doutrinários que possam esclarecer o leitor sobre as bases do Espiritismo e do mundo espiritual. Estas obras devem ser emprestadas ao público que terá cerca de vinte dias para ler e devolvê-la para a casa. Uma pessoa fica responsável pelo empréstimo e anotação do nome, endereço e telefone do locatário. Com isso, se caso houver uma demora na devolução, o bibliotecário poderá contatar o leitor e lembrá-lo de devolver a obra para que outras pessoas possam usufruí-la também.

Outra forma importante de divulgação são os folhetos ou jornais doutrinários que podem ser confeccionados pelo grupo. O teor das matérias deve ser o esclarecimento das práticas espíritas, a exposição de temas evangélicos e o comentário de situações e fatos do cotidiano à luz da Doutrina Espírita.
Estes veículos de divulgação podem ser entregues aos freqüentadores da casa, como também distribuídos nas redondezas do centro espírita, de casa em casa, servindo como propaganda para o núcleo espírita.


FONTE:
www.espirito.org.br

Parábolas de Jesus - Haroldo Dutra Dias

Seminário: Parábolas de Jesus 

                   

                         Haroldo Dutra Dias

- Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=IUYwOEIYEpk&list=FLXcNLK4v8ag2S1iK2b1XuQg&index=47&feature=plpp_video

- Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=nsq0lgdkWMo&feature=relmfu

- Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=9YpmMlLEfYo&feature=relmfu


Crianças especiais e os desafios da inclusão à luz da ciência e do Espiritismo

                 Entrevista sobre Síndrome de Down

“A inclusão das crianças especiais na sala de aula é o maior desafio
A educadora carioca fala sobre as
Psicóloga, professora associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense e doutora em Educação pela PUC/SP, Cristina Maria Carvalho Delou (foto), nascida e residente no Rio de Janeiro, integra o Grupo Espírita Fabiano, no qual é diretora do Departamento de Evangelização Infanto-Juvenil. De família espírita, tem trabalhos publicados na área profissional, atua na instituição espírita com crianças, jovens e adultos e também em palestras e grupos de estudos.

O Consolador: Por que seu interesse na temática crianças especiais?Eu sempre quis ser professora e descobri muito cedo que as crianças têm ritmos diferenciados de aprendizagem. Eu comecei a evangelizar no Grupo Espírita André Luiz quando tinha 12 anos, sob a supervisão da minha tia Icléa, professora e responsável pela evangelização infantil na época. Enquanto algumas crianças eram capazes de contar a história do nascimento de Jesus na mesma aula, outras chegavam ao final do ano como se nunca tivessem ouvido falar em Jesus. Eram crianças de 5, 6 anos, ou seja, do Jardim, e isto me marcou profundamente. Quando decidi pela Psicologia, procurei conhecer o que havia de atendimento para crianças com deficiência intelectual (APAE, Pestalozzi, Centro Educacional Deolindo Couto, Clínica das Amendoeiras, entre outras). Formei-me e comecei logo o mestrado em Educação na UERJ. Lá fui convidada pela professora Marsyl a participar de um grupo de pesquisa com alunos superdotados. Fiquei e vejo que esta área é tão cheia de preconceitos como a das crianças com deficiência. Estou nela até hoje.


O Consolador: Além da experiência profissional no trato com esse tema, como o conhecimento espírita contribui para sua atuação nessa área?O conhecimento espírita é fundamental. A lei de causa e efeito e a reencarnação explicam o que a ciência não consegue ainda explicar. A ciência não tem respostas para justificar as causas das diferenças. Alguns quadros podem ser atribuídos a vírus, como a cegueira por toxoplasmose ou sífilis. Algumas paralisias ficam por conta dos acidentes de parto pra, peri ou posnatal. A surdez por conta de alguma intercorrência durante a gravidez como a rubéola ou ainda pelo uso demasiado de antibiótico na primeira infância. Sabemos que a Síndrome de Down apresenta um cromossomo a mais no par 21 e que o Transtorno de Asperger é um tipo brando de autismo, mas a verdadeira causa a ciência não sabe. No primeiro caso, o acaso ainda é uma explicação aceita. Em relação à inteligência, a ciência ainda não respondeu, também, quais são as causas de tanta diferença entre os seres humanos. Muitos estudos já foram feitos comparando-se irmãos gêmeos criados juntos ou separadamente para avaliar a interferência do meio sobre o desenvolvimento intelectual, mas a rigor todas as explicações dão conta de alguns casos, mas não da totalidade. A neurociência vem avançando em relação aos estudos do cérebro e, quem sabe, avançaremos um pouco mais no conhecimento científico.

O Consolador: Que dizer da realidade nacional e internacional, atualmente, no trato com as crianças especiais?Atualmente a realidade é muito interessante. Historicamente, as crianças especiais sempre foram excluídas e para alguns elas ficavam bem nas instituições especializadas. A verdade é que elas não se desenvolviam social ou intelectualmente falando. Os seus pares não representavam desafios a vencer. Desde 1990, quando a UNESCO reuniu os países devedores do FMI em Jomtiem, na Tailândia, o Brasil estava lá e assumiu compromisso com a inclusão, mas não cumpriu. Em 1994, na Espanha, nosso País assinou a Declaração de Salamanca e daí em diante não parou mais. Ou seja, se a humanidade não aceita o diferente, a espiritualidade superior, responsável pelo mundo de regeneração, inspira os encarnados a agirem com o "determinismo" necessário a beneficiar os que precisam encarnar para prosseguir no seu processo evolutivo. As crianças especiais são Espíritos encarnados em situação de prova ou expiação, conforme nos ensina O Livro dos Espíritos, pergs. 367-378, ou em missão, como podemos ver em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, Instrução dos Espíritos, item 13. Elas precisam reencarnar e conviver em sociedade para completarem suas habilidades conosco. O Livro dos Espíritos, perg. 768, fala-nos disso.
O Consolador: Na evolução havida, inclusive do termo - de excepcional para especial -, no trato com essa realidade presente em muitas famílias, qual o item que mais pode ser destacado?
Vou destacar aqui a questão dos termos, pois trata-se de assunto muito importante. Os termos são sempre questionados, mudados, na esperança de contribuir com a diminuição do preconceito. Mas o preconceito é a expressão dos nossos sentimentos de rejeição em relação ao outro. Enquanto for assim, não haverá palavras que resolvam a insatisfação com os termos. Veja: Kardec, professor sempre atualizado, usou os termos médicos em voga até a metade do século XX. Hoje as palavras são expressão de preconceito. A mesma coisa a palavra excepcional, cunhada por dona Helena Antipoff para falar de sua admiração em relação aos talentos das crianças com deficiência intelectual no Brasil pobre de 1930. Contudo, a falta de amor por si mesmo e pelo próximo associada à rejeição das verdades da vida espiritual faz com que os sentimentos de rejeição ainda sejam tão cristalizados na humanidade. Para as famílias isto causa um sofrimento muito grande porque enquanto houver preconceito em relação ao diferente haverá exclusão. E aqui tanto faz ser deficiente ou talentoso – a rejeição expressa o incômodo ou a inveja, ambos expressões de preconceito.

O Consolador: Que dizer da questão da inclusão, especialmente nas salas de aula?Bem, a inclusão nas salas de aulas é o maior desafio. Escola é direito humano. Aprendemos com os Espíritos que no nosso estágio evolutivo o progresso moral decorre do progresso intelectual, mas nem sempre o segue imediatamente, conforme nos ensina O Livro dos Espíritos, questão 780. Se estamos encarnados e precisamos da escola para as aprendizagens formais que nos auxiliam na construção das funções superiores da cognição, porque a partir daí passamos a ter condições de discernir entre o certo e o errado, evitando retardar mais ainda a nossa evolução, como é que os Espíritos que estão reencarnados em condições especiais poderão desenvolver suas capacidades cognitivas se a resistência à sua presença nas salas de aula é geral?
A inclusão entendida como medida imposta pelo governo federal para a escola tem sido motivo de resistência muito grave. O professor alega que não tem formação para realizar a inclusão, e não tem consciência de que esta resistência é a expressão mais pura do seu preconceito contra o diferente. Matrícula na escola não garante a inclusão. O conceito é novo e significa mudança social para que as crianças especiais possam se desenvolver aos níveis mais elevados da sua real capacidade, tanto os deficientes como os superdotados.

O Consolador: Das orientações espirituais havidas sobre a questão, qual é a mais expressiva em sua opinião?É a de que muitos desses Espíritos erraram por terem sido mal orientados por seus responsáveis (pais ou professores) ou por terem sofrido desilusões, traições nas relações amorosas. Ou seja, eles erraram porque nós os induzimos ao erro. Hoje, eles reencarnam nossos filhos, alunos, amores, para que nós os ajudemos a reconstruir seus caminhos. É um trabalho de amor, mas que demanda formação específica porque é muito difícil mudar clichês mentais cristalizados no ódio, na alienação mental, ou nos vícios que alimentamos por tempos incontáveis. Muitos desses Espíritos estão reencarnados com grandes possibilidades de aprendizagem. Vejam as pessoas com Síndrome de Down que desejam casar. Se antes eles não sobreviviam para além dos 15, 16 anos de idade, não se alfabetizavam, hoje eles já podem aproveitar a reencarnação para refazer seus vínculos, conseguem aprender com mais aproveitamento. E os que têm Transtorno de Asperger, tão talentosos, que acabam aceitando o fato de que o talento os ajuda a melhorar as condições de vida em sociedade. Em ambos os casos, isto só é possível quando as pessoas trabalham juntas, construtivamente, na ruptura das barreiras sociais, atitudinais etc. Quem construiu barreiras, hoje tem que demoli-las.

O Consolador: Que contribuição a casa espírita pode oferecer para pessoas especiais e suas famílias, considerando-se que ainda não há uma estrutura para tais casos?
A casa espírita pode oferecer consolo para os que ainda estão revoltados e não aceitam seus filhos como são. Podem esclarecer e libertar as almas dos conflitos que carregam pela culpa que o desconhecimento alimenta. Muito frequentemente, as mães sentem-se culpadas, são abandonadas porque tiveram um filho especial. A casa espírita pode apoiá-las, mostrando os mecanismos pedagógicos que a Providência Divina permite para que nós vençamos a nós mesmos. Além disso, as casas espíritas precisam receber as pessoas especiais com cidadania e respeito, adequando os espaços físicos para todos: rampas, portas largas, banheiros adaptados, livros espíritas em Braille, audiolivros, intérpretes da Língua Brasileira de Sinais durante as palestras para que pessoas surdas passem a frequentar nossas reuniões, tecnologia assistiva para os que não falam pelo aparelho fonador, avanço de aprendizagem para as crianças e adolescentes precoces e oportunidade de trabalho no bem para todos. Qualquer um pode fazer o bem na casa espírita e a casa espírita é lugar para se fazer o bem sem exceção. Cada pequeno avanço que a criança ou o jovem especial faça é muito para o seu progresso espiritual. A nossa responsabilidade é a de participar ativamente deste processo.


O Consolador: Nota-se que a temática tem sido pouco abordada no meio espírita. Falta estímulo para ampliar o estudo do tema?Não, eu acho que falta é consciência mesmo da presença deste assunto em nossas instituições. Tenho realizado alguns seminários para evangelizadores, tendo a participação de lideranças importantes do meio espírita e o que tenho tido de retorno é a perplexidade por não terem registrado tais questões em suas mentes. Além disso, também há o preconceito entre nós que não aceitamos barulho durante as reuniões públicas e crianças especiais que não estão habituadas à casa espírita fazem barulho. Logo, os pais percebem que a criança não é bem-vinda. Temos que superar este velho pensamento de exclusão e trazer os nossos amores para relembrarem as mensagens do Cristo, para conhecerem os ensinos dos Espíritos, para se reconhecerem como filhos de Deus, almas em evolução, com livre-arbítrio, que precisam se perdoar e perdoar a todos com quem ainda têm algum tipo de rusga.  Lembremos ainda que muitas crianças e jovens especiais sofrem com os processos obsessivos e a evangelização, o passe, a oração, o culto no lar são terapêuticas essenciais para o socorro necessário.

O Consolador: Por favor, acrescente algum ângulo do tema não indagado aqui e que julga importante ser citado.Gostaria de lembrar que os Espíritos endividados estão tendo uma oportunidade fantástica de voltarem ao corpo de carne para se reajustarem com a Criação. Embora o avanço das tecnologias da informação e da comunicação permita reconhecer os altos níveis de inteligência de pessoas com graves deficiências físicas, suas encarnações têm sido muito difíceis pelas próprias condições em que elas vivem. É preciso compreender que a tecnologia também foi criada para facilitar a comunicação dessas pessoas. Se para a pessoa com tetraplegia uma cadeira de rodas é fundamental para a autonomia nos deslocamentos, o computador portátil é essencial para a comunicação oral por meio dos sintetizadores de voz. Embora matriculados nas escolas, crianças e jovens especiais, deficientes e talentosos, ainda são invisíveis aos olhos dos professores. É preciso falar mais sobre este assunto de modo que nos conscientizemos da realidade da vida do Espírito. As obras de André Luiz, Emmanuel, Yvonne Pereira, entre outros, trazem exemplos que podem se transformar em estudos de casos para as reuniões públicas e as de evangelização de crianças e jovens, orientando e prevenindo quedas recorrentes.

O Consolador: Suas palavras finais.Eu gostaria de encerrar dizendo da importância de estudar Kardec e os demais corações que trouxeram ensinamentos coerentes com as obras da Codificação: André Luiz, Emmanuel, Victor Hugo, entre outros que escreveram por meio de médiuns respeitáveis. Reflitamos sobre o que os Espíritos revelaram nas obras já mencionadas para que possamos compreender o nosso papel na vida em sociedade nos tempos atuais. Professores espíritas não podem fazer coro ao materialismo, praticando a exclusão em sala de aula porque não foram formados para as práticas pedagógicas inclusivas. Todos nós estamos em evolução e aperfeiçoamento, logo precisamos despertar. Que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir. Que saibamos utilizar a nossa inteligência. Que sejamos agradecidos a Deus pelos talentos que já desenvolvemos e podemos usar para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas maravilhosas, que nos ensinam a cada dia a importância de amarmos a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Fonte: www.oconsolador.com

Biografia do Espírito Hammed


Hammed

Hammed Hammed é o nome do Espírito ao qual o médium paulista Francisco do Espírito Santo Neto (Quico) atribui a maior parte de suas obras psicografadas.
Hammed é o pseudônimo que ele adotou, alegando sentir-se assim mais livre para desempenhar os labores espirituais que se propõe a realizar na atualidade. Viveu por várias vezes no Oriente, e especificamente, na milenar Índia. Participou na França do século XVII do movimento jansenista, precisamente no convento do Port-Royal des Champs, nas cercanias de Paris, como religioso e médico. Costuma se mostrar espiritualmente ao médium ora com roupagem característica de um indiano, ora com trajes da época do rei francês Luís XIII.
É autor de diversas obras, psicografadas pelo médium, como "Renovando Atitudes", "Os Prazeres da Alma", "As Dores da Alma" e "A Imensidão dos Sentidos". Destaca-se dentre os autores espíritas pela abordagem com elementos da psicologia e da filosofia oriental.

extraído de "Renovando Atitudes", de Hammed 

Muito conhecido por seus livros, palestras e seminários por todo país, Quico - como é chamado - respondeu à nossa entrevista com carinho e atenção, trazendo informações de sua experiência como espírita e médium. Natural e residente em Catanduva, fundou há mais de 25 anos a Sociedade Espírita Boa Nova. Com formação em Administração e com curso completo em Neurolinguistica, voce pode conhecê-lo um pouco mais nas respostas que disponibilizamos.





Como o Espiritismo surgiu em sua vida?
Meu primeiro contato com o Espiritismo aconteceu quando eu morava na fazenda dos meus pais e era muito jovem. Naquela época notava alguns fenômenos curiosos, escutava passos e ruídos. Como recebi uma educação católica, acreditava que era tudo fruto da minha imaginação. Depois disso, com aproximadamente 18 anos de idade, minha mediunidade aflorou ostensivamente quando estive com amigos num terreiro de Umbanda. Meus braços começaram a formigar - sensação que tomou conta do corpo inteiro – e disseram que eu havia recebido um espírito. A partir daí as sensações mediúnicas que antecedem a incorporação ficaram cada vez mais comuns. Em 1973, o grande amigo Diomar Ziviani me orientou na questão espírita e me apresentou ‘O Livro dos Espíritos’ de Allan Kardec e ‘Voltei’ de Irmão Jacob. Foi meu primeiro contato com essas obras, mas a sensação era de que já conhecia aquelas lições. Através do estudo comecei a entender e administrar minha mediunidade. 


Como iniciou seus trabalhos de psicografia?
Já administrava minhas faculdades mediúnicas através da psicofonia, quando em novembro de 1974 recebi minha primeira página psicografada que tinha como título ‘O Valor da Oração’. Ela era assinada por Ivan de Albuquerque, espírito até então completamente desconhecido. Acredito que a psicografia requer muito estudo. É muito bom ser um instrumento de comunicação entre esse mundo e o Espiritual.


Quem foi Hammed?
Hammed e eu tivemos o primeiro contato no final de 1972, através da psicofonia. Tempos depois, soube que temos uma ligação espiritual muito forte, que é uma consequência de diversas experiências passadas. Antes da Era Cristã, por exemplo, já havíamos vivido várias vezes juntos no Oriente – inclusive na Índia.



Quais atividades filantrópicas o grupo Boa Nova desenvolve?
Através do Instituto Beneficente Boa Nova desenvolvemos uma série de trabalhos. Temos uma creche que atende diariamente 135 crianças de ambos os sexos, entre três meses e sete anos de idade, em regime de semi-internato. Elas são acompanhadas por professores e recreacionistas, que através de atividades lúdicas e formais, possibilitam o desenvolvimento nos aspectos físico, social, afetivo e espiritual.

A rotina começa às sete da manhã, quando as crianças chegam à Creche. Depois de tomarem banho e vestirem o uniforme, os pequenos se reúnem para o café da manhã. Após a refeição, todos seguem para as salas de aula, pátio, parquinho ou para a brinquedoteca, de acordo com a programação do dia. Às onze da manhã todas almoçam, depois escovam os dentes e vão dormir. Após o descanso, elas recebem o café da tarde e retornam às atividades até as quatro horas, horário em que jantam. Após isso, elas retornam para os seus lares, às cinco da tarde.
Além da creche, temos o Lar Esperança, que atende senhoras em regime de internato. Tratamento médico e odontológico, roupas, alimento e cabeleireiro estão entre os benefícios oferecidos às senhoras, que tem instalações totalmente adaptadas para elas.
Além disso, mantemos o posto médico-odontológico e ações voltadas para o atendimento sócio-cultural e para um grupo de mães e gestantes. Hoje, a entidade que a princípio se acomodava numa pequena sala, ocupa dois quarteirões em Catanduva.


Como você analisa o Espiritismo na atualidade?
O Espiritismo tem ganhado força a cada ano. Acredito que isso se deva ao momento que o mundo está enfrentando, com tantas mudanças. As pessoas têm procurado respostas e o consolo proporcionado pela espiritualidade. Acredito também que o aumento de pessoas no Espiritismo esteja relacionado à busca de respostas para assuntos que nos afligem como a morte, por exemplo. Isso sem contar nos ótimos livros, CD’s e filmes lançados regularmente, que fazem com que a doutrina esteja sempre em pauta.


Como você analisa a quantidade de livros espíritas que estão sendo publicados atualmente e o surgimento de tantas Editoras Espíritas?
Os dois últimos censos do IBGE mostram que o número de espíritas no Brasil cresceu 40%. Além disso, muitas pessoas simpatizam ou têm curiosidade pelos ensinamentos da Doutrina. Com tanta gente interessada, o aumento do número de publicações é consequência. De um modo geral, acredito que essa expansão do mercado editorial seja positiva, já que a maioria dos livros espíritas contém mensagens importantes. No entanto, é licito lembrar as palavras de Paulo de Tarso: ‘tudo posso, mas nem tudo me convém’.


Qual o critério que a Editora Boa Nova usa para editar livros?
Qualquer tipo de publicação relacionada ao nome Boa Nova passa por uma avaliação, antes de ser divulgada. O primeiro critério é analisar sempre junto com os amigos espirituais as intenções verdadeiras das pessoas que nos escrevem e que muitas vezes estão dissimuladas, seja na publicação de livros, na formulação de perguntas nas entrevistas, na confecção de mensagens dos amigos espirituais, etc.

A partir de então, os livros e outros textos que recebemos passam por nosso Conselho Editorial. Lá, eles são analisados e devem se encaixar em nossas propostas literárias e apresentar conteúdos de qualidade, para que sejam publicados. Se você notar, temos em nosso catálogo separadamente os livros que classificamos como Espíritas, Espiritualistas, Auto-ajuda, etc. Isso para não vendermos ‘gato por lebre’, como diz o ditado popular.

Qual a importância do livro espírita na divulgação da Doutrina Espírita?
A literatura tem um papel fundamental para o Espiritismo. Através dos ensinamentos contidos em obras como ‘O Livro dos Espíritos’ e ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, por exemplo, as pessoas podem aprender intelectualmente e ao mesmo tempo, buscar a evolução espiritual
.
O Instituto Beneficente Boa Nova cresceu vertiginosamente em poucos anos. Em sua opinião qual o motivo deste sucesso tão rápido?
Você acredita que 25 anos seja pouco tempo? A Boa Nova foi uma das primeiras distribuidoras a ser criada. Ela foi fundada em 1986 e trabalha sem interrupção, desde então. O crescimento da Boa Nova é fruto de muito trabalho e dedicação, já que nosso objetivo primordial sempre foi divulgar a Doutrina Espírita com critério e responsabilidade. Além disso, o número de pessoas em busca de conforto espiritual tem aumentado, até em decorrência desse momento agitado pelo qual o mundo tem passado. Por esses e outros tantos fatores, nossos projetos têm alcançado bons resultados. Com isso, mais e mais pessoas encontram ajuda, seja nas mensagens contidas nos livros espíritas, seja nos vários projetos sociais desenvolvidos pela Boa Nova (creche, lar de idosas, Clube de Mães, auxílio à famílias e gestantes, etc.).


Sinal Espírita

Sinal Espírita 

Quando a pessoa entrou no Espiritismo, é fácil verificar: basta perquirir um fichário ou escutar uma indicação. Entretanto, a fim de positivar se o Espiritismo entrou na pessoa, é indispensável que a própria criatura faça menção disso, através de manifestações evidentes.
Vejamos dez das inequívocas expressões do sinal espírita na individualidade, que sempre se representa pelo designativo "mais", nos domínios do bem:
mais serviço espontâneo e desinteressado aos semelhantes;
mais empenho no estudo;
mais noção de responsabilidade;
mais zelo na obrigação;
mais respeito pelos problemas dos outros;
mais devotamento à verdade;
mais cultivo de compaixão;
mais equilíbrio nas atitudes;
mais brandura na conversa;
mais exercício de paciência.
Ser espírita de nome, perante o mundo, decerto que já significa trazer legenda honrosa e encorajadora na personalidade, mas, para que a criatura seja espírita, à frente dos Bons Espíritos, é necessário apresentar o sinal espírita da renovação interior, que, ante a Vida Maior, tem a importância que se confere na Terra às prerrogativas de um passaporte ou ao valor de uma certidão.



Médium: Chico Xavier Autor: Albino Teixeira

Brilhe vossa luz!

Brilhe Vossa Luz 
Meu amigo, no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções. Mas ainda mesmo no terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.
Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem. Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se alimentam.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de insula- mento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus, porém - aquele homem que já se entediou das sub-stâncias deterioradas da experiência transitória -, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.
Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.
Não é exortação, nem profecia.
É apenas convite.
Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! - proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! - repetimos nós.


Médium: Chico Xavier Autor: Emmanuel

Vamos Evangelizar nossas crianças e nossos jovens

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Mensagem de fé e esperança



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"Há algo novo no horizonte que você não pode ver ainda. Não há nada com que se preocupar. Você está seguro e as coisas estão realmente sob controle. Fé é confiança e a confiança é uma poderosa ferramenta. Permita somente pensamentos positivos e amor onde você estiver. O amor e as emoções elevam a vibração e garantem o resultado mais elevado para o bem de todos. Haverá sempre outro nascer do sol amanhã."
Mensagem de Bezerra de Menezes - Divaldo Franco

Resumo do livro A Diversidade dos Carismas - Hermínio Miranda

                                                          

DIVERSIDADE DOS CARISMAS - (RESUMO)

 

Sobre Diversidade dos Carismas - Hermínio C. Miranda (Resumo)

Estudo sobre a mediunidade, dividido em 3 partes: problemas do médium em potencial, animismo (manifestações do espírito do próprio sensitivo) e mediunidade propriamente dita. A abordagem integra teoria e prática. O autor relata um estudo de caso e confronta casos cientificamente estudados, citando autores espíritas e inclusive não-espíritas com o objetivo de enriquecer, ilustrar e formular suas hipóteses.


Cap. 1 - O médium: eclosão, desenvolvimento e exercício de suas faculdades (Resumo)
O livro se inicia com o autor nos apresentando Regina, personagem que irá nos acompanhar durante todos os capítulos.
Mediante a eclosão dos fenômenos mediúnicos (Regina é médium espontânea), começa então uma busca visando o controle e desenvolvimento apropriados da mediunidade para a prática do bem.
O autor nos mostra que essa parte inicial da mediunidade tem suas dificuldades, focando especialmente a falta de preparo que alguns grupos espíritas apresentam para receber os aspirantes ao trabalho mediúnico.
Identifica que o papel do dirigente é crucial nesse momento, observando o importante papel da observação, do bom senso e da crítica construtiva no desenvolvimento do médium.
Demonstra que uma orientação insuficiente e mal dirigida coloca o médium, já em situação delicada, em conflito e desequilíbrio, podendo mesmo exterminar a faculdade que desponta.
No caso, Regina consegue vencer essas dificuldades buscando auxílio nos amigos espirituais, conforme será mostrado no capítulo seguinte.
Cap.2 - Minibiografia (Resumo)
Regina havia sido um espírito lúcido desde as suas primeiras semanas de vida. Dotada de memória espantosa, tinha flashes de uma outra vida, anterior a essa. Não conseguia entender como, de uma hora para outra, tudo havia mudado. Tinha muita dificuldade em aceitar sua família e sua condição atuais.
Quando chegou à adolescência a situação se agravou: sua perturbação aumentou e sua negação da família se acentuou. Começou, então a fixar-se cada vez mais em suas lembranças como fuga à sua realidade. Como seus períodos de alienação estavam cada vez mais longos e freqüentes, acabou por consultar uma analista.
O analista, mesmo tendo formação espírita, manteve-se rigoroso em sua postura técnica e catalogou os fenômenos que Regina manifestava com os jargões de sua especialidade (psicanálise). Na verdade, a fenomenologia apresentada por Regina correspondia a um fenômeno chamado memória remota e que é anímico (próprio do espírito de Regina), pois era resultante da manipulação voluntária ou involuntária do seu próprio inconsciente. Porém, certamente tinha a participação de um componente mediúnico, uma vez que animismo e mediunidade são fenômenos conjugados e complementares.
A terapia não estava produzindo melhoras e o encontro real com uma das pessoas de suas visões (seu marido) terminou por agravar-lhe grandemente a situação. Nesse ponto, as visões já a estavam dominando e se impondo espontaneamente. Foi quando, em suas orações, começou a ouvir a voz de um amigo espiritual. Foi ele, com sua conversa nos momentos de recolhimento, quem a orientou, clareou seus pensamentos e lhe deu forças para prosseguir. Também através dessa orientação, entrou em contato com os livros da doutrina espírita e foi quando começou sua peregrinação por centros espíritas.
Hermínio Miranda discorre então sobre os fatores cruciais para um bom desenvolvimento mediúnico:
1- Teoria e Prática: Estudo teórico das questões pertinentes ao mediunato (quanto mais preparado o cérebro, melhor se torna o instrumento mediúnico) é de vital importância. Leitura indicada: Livro dos Médiuns e Livro dos Espíritos (ambos de Allan Kardec). Note-se que é recomendado o estudo aprofundado/ sistemático e não uma simples leitura.
2- Definições e Decisões: Mediunidade é uma faculdade natural, que se descobre, identifica e se aprende a utilizar para que dela se faça bom uso. Para tanto é fundamental a disponibilidade para a adoção de disciplina pessoal (mental e de comportamento), a qual possibilite a aproximação de verdadeiros amigos espirituais. Ela é um instrumento de trabalho e não de gozo pessoal; é para servir. O médium deve ter bem claro que se trata de uma responsabilidade e compromisso, a qual lhe exigirá dedicação, cultivo e sacrifício.
3- Reflexões sobre a Humildade: O médium deve ter humildade para realizar constante auto-exame a fim de identificar atitudes e pensamentos que deve mudar e os que deve manter e reforçar. Deve reconhecer também que é preciso haver disciplina, tempo e lugares certos para o exercício do trabalho mediúnico. Sua humildade também é necessária na aceitação de que sua tarefa não obedece a suas escolhas e preferências pessoais e que sua mediunidade, se esse for realmente o seu caminho, também não será aquela a que ele tiver mais simpatia; em suma, deve estar preparado para aceitar que tipo de contribuição efetivamente pode dar e sentir-se grato por ela.

4- Mediunidade como Trabalho de Equipe:

A faculdade mediúnica não se destina ao uso pessoal e exclusivo, mas para servir ao próximo. Além disso, o trabalho em grupo também é ferramenta para se evitar mistificações, uma vez que o grupo viabiliza trocas, onde se debate o teor das comunicações bem como o comportamento mediúnico e, através do exercício ordenado da mediunidade, possibilita uma maior atenção, harmonização e vigilância.
5- Riscos e Desvios: O exercício inadequado da mediunidade é quando ela é canalizada para a promoção pessoal desse ou daquele médium, desta ou daquela instituição. Na prática, normalmente isso leva a cobranças pelos serviços que deveriam ser ofertados voluntariamente ou ao endeusamento de um ou mais médiuns, aviltando suas vaidades e promovendo, ao invés do bem estar dos irmãos necessitados, a fascinação e a realização de verdadeiros shows, desvirtuando dessa forma a real essência da mediunidade.
6- O Médium e a Crítica: A crítica é necessária ao aperfeiçoamento do nosso trabalho, das nossas faculdades e de nós mesmos como seres humanos. O médium deve ser receptivo ao seu grupo de trabalho, não só depositando confiança para entregar-se ao trabalho, como também para debater seus resultados a fim de realizar correções e ajustes que visem o aperfeiçoamento de sua mediunidade. É necessário, portanto, ser receptivo às críticas que lhe são feitas por pessoas mais experientes e de maior conhecimento, ao mesmo tempo em que deve precaver-se com relação a crítica exagerada e, principalmente, a injusta, para que não venha a sufocar suas faculdades nascentes ou criar inibições insuperáveis devido a insegurança e desconfiança. É preciso também atentar para o contrário, ou seja, tomar cuidado com elogios bajuladores que poderiam indevidamente levá-lo a crer-se na categoria dos semi-deuses.
7- Crítica e Autocrítica: O autor nos orienta sobre como identificar as críticas construtivas e fundamentadas, bem como distinguir entre as palavras de estímulo e elogios bajuladores. Informa-nos que, para tanto, é imprescindível o estudo para sermos capazes de discernir aquilo que está de acordo com a doutrina espírita. Além disso, deve-se avaliar a própria conduta, ou seja, se está havendo cumprimento dos compromissos profissionais e pessoais, se está cuidando para desenvolver uma moral mais elevada no seu comportamento diário, se não se está cultivando vícios, se tem se dedicado ao exercício da prece com regularidade, etc.
8- O Crivo da Razão: É o bom senso aliado ao espírito crítico, na verificação da autenticidade e da natureza das manifestações mediúnicas. O autor alerta para a sedução que alguns espíritos de natureza infeiror exercem sobre médiuns e outras pessoas; são espíritos que querem impressionar através de fenômenos de pequena monta, revelações e elogios, para assim conquistar a confiança e a partir daí começam a impor regras e rituais, criando uma situação de cumplicidade que melhor seria definida como de dependência.
9- Excessos da Autocritica: A atitude crítica deve ser reservada para os resultados somente e não para bloquear o processo em si. O médium deve manter a livre circulação de idéias para dar espaço ao fenômeno mediúnico. Somente se os resultados forem verdadeiramente insatisfatórios, deve-se repassar os fatores envolvidos na instrumentação mediúnica, identificar o ponto defeituoso e efetuar as devidas correções. Além disso, o médium deve manter uma postura saudável de auto-confiança, mantendo o equilíbrio entre os dois (confiança e crítica vigilantes).

10- O Trabalho Mediúnico no Centro Espírita

Selecionar um bom grupo que se possa frequentar com regularidade e no qual encontre apoio, orientação e espaço para trabalhar, além de pessoas bem preparadas (teoria e prática mediúnicas) e dispostas a auxiliar o médium em seu aperfeiçoamento com orientação segura e tratamento compreensivo. Kardec e outros autores também nos dizem que, para propiciar uma maior unidade e consequente uniformidade de idéias, o ideal é trabalhar-se com grupos pequenos de médiuns, onde a harmonia é mais facilmente conseguida.
11- Os Espíritos são Gente: "Os espíritos não são brinquedos infantis, mas indivíduos dotados de um claro propósito na vida e que escolhem seus médiuns como a melhor instrumentação para alcançarem os objetivos que têm em mente". Acrescente-se também que, embora alguns estejam degraus acima e outros abaixo de nós, todos são seres humanos, não havendo justificativa para tratá-los como deuses e nem para tratá-los como seres desprezíveis.
12- O Médium e o Grupo:Palavras Finais: Não é tão fácil encontrar o grupo ideal e nesse caso sempre se faz necessária uma certa dose de humildade e flexibilidade. Se no entanto, as concessões forem muitas a ponto de descaracterizarem as singularidades do trabalho que as partes realizam, o médium deve procurar um outro local onde possa exercer suas faculdades. Uma observação importante, nos agrupamentos espíritas, é que a presença de um dirigente de tarefas mediúnicas consciente (e não insconsciente) é mais favorecedora para a tarefa que ele tem a desempenhar.
13- Que é Concentração? Tanto no fenômeno anímico como no mediúnico, o esforço da chamada concentração é uma das principais causas inibidoras do fenômeno. O relaxamento físico e mental é fator de primária importância para o desenvolvimento da mediunidade. Na verdade, a concentração é justamente esvaziar a mente de pensamentos e essa receptividade abre espaço para que o fenômeno, seja ele anímico ou mediúnico, se produza. Evidentemente, isso diz respeito basicamente ao fenômeno da incorporação, onde a mente tem que estar livre para deixar penetrar os pensamentos do espírito da maneira mais fiel possível.
14- De Novo a Passividade: A passividade é resultante do estado de relaxamento, entretanto, embora o médium deva ser um instrumento passivo, isso não significa inércia ou ausência de participação. A mediunidade deve, nesse sentido, ser o resultado de uma equação equilibrada entre permitir e vigiar, coibindo abusos não somente durante as manifestações em si como no discernimento do momento adequado para elas ocorrerem.

Cap.3 - Animismo (Resumo)

Animismo é a atividade da alma que engloba "todos os fenômenos intelectuais e físicos que supõem uma atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo" (Aksakof, Alexandre, 1983). Na codificação, ele aparece subentendido no Livro dos Médiuns, onde se menciona que, se é possível a um espírito encarnado realizar comunicações, enquanto espírito, conosco, fica claro que o espírito do próprio médium também pode se manifestar em uma comunicação. Exemplos de fenômenos anímicos: telepatia, letargia, catalepsia, morte aparente, sonambulismo, êxtase, dupla visão, contatos com outros indivíduos durante o desdobramento, etc.
Ressalte-se que não existe fenômeno mediúnico puro, uma vez que, para que ele ocorra, faz-se necessário um espírito encarnado e suas faculdades, portanto anímicas. O que varia nesse caso é o grau de fidelidade com a qual o médium irá transmitir a comunicação recebida. Uma manifestação anímica não invalida o espiritismo, pois seria uma decorrência natural da própria teoria e também não deve desmerecer o médium, que nesse momento necessita de compreensão e apoio fraterno. O que deve ser observado são as circunstâncias e os porquês dessa manifestação, bem como é necessário verificar se o fenômeno se trata mesmo de animismo ou se o médium está interferindo nas comunicações, porquê e qual a melhor maneira de ajudá-lo. Nesse último caso, as comunicações passam a ser fraudulentas, seja por ação consciente ou inconsciente do médium e o mesmo deve ser orientado. Ainda sobre a questão do animismo X espiritismo, o mais importante é que as mensagens transmitidas sejam avaliadas e, consequentemente, aceitas ou rejeitadas pelo que são em si e não por sua origem.

Cap.4 - Interação animismo/mediunidade (Resumo)
Cap.5 - Desdobramento (Resumo)
Cap.6 - Desdobramento como precondição do trabalho mediúnico (Resumo)
Cap.7 - Condomínio Espiritual (Resumo)
Hermínio Miranda comenta sobre um fenômeno involuntário de "ausência" que ocorria com Regina, período no qual era vista por outras pessoas e realizando atividades cotidianas mas do qual não tinha consciência e que com o passar do tempo ela conseguiu controlar com certa eficiência.
Inicialmente, para explicar essas ocorrências, ele as coloca como um fenômeno de bilocação, ou seja, deslocamentos do persipírito quando se emancipa da alma. Porém, a bilocação ou bicorporeidade é um fenômeno que normalmente ocorre com o corpo em repouso ou relaxado. Como no caso dela, a "ausência" também ocorria com o corpo em movimento e realizando atividades, ele propôs que se tratava de um fenômeno anímico de desdobramento junto com outro fenômeno, de cunho mediúnico, de incorporação.
O autor explicita então o que define como condomínio espiritual e coloca que a múltipla personalidade pode ser vista como um fenômeno dessa espécie. Ele define o termo como um acordo mútuo entre um grupo de espíritos autônomos, incluindo o de uma pessoa encarnada, no qual eles dividem entre si, o uso de um corpo e onde o espírito encarnado não preserva as lembranças do ocorrido durante sua "ausência" (a memória fica com o "invasor"). Acresenta que esse fenômeno pode ser mais ou menos pacífico.

Hermínio Miranda também nos alerta que para encontrar explicações para esse e outros fenômenos a melhor hipótese é normalmente aquela que nos oferece menor resistência, onde há uma economia de esforço, sendo então a hipótese mais provável.
Cap.8 - Clarividência (Resumo)
O autor coloca que a clarividência normalmente engloba um conjunto bastante vasto de manifestações, passando por percepções de memória, visão de desencarnados, autoscopia (visão dos órgãos internos), deslocamentos no tempo/espaço, premonição, flashes de intuição, gerando uma confusão sobre o termo. Ele propõe que se classifique a clarividência como o fenômeno onde há visão à distância, no tempo e/ou no espaço e que tal fato ocorre usualmente através de um desdobramento perispiritual, como por exemplo no fenômeno da janela psíquica. Trata-se portanto de um fenômeno anímico, ou seja, uma atividade do espírito encarnado, sem a participação dos espíritos.
Dessa forma, o autor distingue a mediunidade de vidência da clarividência. A vidência é um fenômeno mediúnico pois, como postula Kardec, faz-se necessária a intervenção de um espírito desencarnado para que ela ocorra, constituindo um intercâmbio energético e de vontades, sendo possível através da combinação de fluidos das partes participantes. É a faculdade de ver espíritos, seja em estado normal (acordado), sonambúlico ou próximo dele e que usualmente trata-se de uma crise passageira, não sendo permanente. Kardec inclusive recomenda que se espere o desenvolvimento natural dessa faculdade para evitar os perigos de superexcitação da imaginação (alucinações).
Hermínio Miranda complementa sua informações nos dando a saber que os órgãos físicos estimulados pelos espíritos para a produção de quadros/imagens e sons/vozes nos médiuns são respectivamente o diencéfalo e a cóclea.
Cap.9 - Psicometria (Resumo)
Cap.10 - Déjà vu (Resumo)
Déjà vu = o já visto.
O autor propõe três hipóteses para a ocorrência do fenômeno:
1) A pessoa viveu em determinado local com determinadas pessoas em uma encarnação passada e consegue identificá-los em alguma instância quando os reencontra;
2) A pessoa teve um desdobramento perispiritual anterior ao fato (em sonho, por exemplo) e viu com seu espírito, o que depois acaba vendo fisicamente;
3) A pessoa consegue deslocar-se também no tempo e antevê algo que está para acontecer e que quando ocorre é como se fosse um filme que assiste pela segunda vez.
Hermínio Miranda também fala em particular sobre o êxtase.
O êxtase é um fenômeno de desdobramento mais profundo, onde o espírito se torna mais independente.
Kardec nos fala sobre as complicações na análise das experiências ocorridas durante este fenômeno pois quando não dispomos de conceitos ou palavras adequados para compreender e relatar essas experiências, podemos ser levados a certas especulações que nada tem com o fenômeno em si. Citando Kardec, em Óbras Póstumas:
Há por vezes, no extático, mais exaltação que verdadeira lucidez, ou melhor, a exaltação lhe prejudica a lucidez, razão porque suas revelações são com frequência uma mistura de verdades e erros, de coisas sublimes e outras ridículas. (Kardec, Allan,1978)
Cap.11 - Mau-olhado (Resumo)
Hermínio Miranda nos alerta que a sabedoria popular é muito mais profunda do que pode parecer. Infelizmente, fenômenos de grande magnitude e importância continuam sendo vistos até hoje como meras superstições, quando, na verdade, tratam-se apenas de uma realidade não muito bem estudada.
O mau-olhado no sentido de um olhar poderoso capaz de murchar plantas ou causar incidentes e doenças não existe; o que existe são sentimentos desamornizados que canalizados por uma vontade (podendo esta ser consciente ou inconsciente), produzem distúrbios acentuados em plantas, animais ou pessoas. Essa emissão, na verdade, pode ser tanto para construir como para destruir, dependendo da intenção na qual o pensamento foi emitido (boa ou ruim). A pessoa não precisa ser necessariamente má para produzir esses efeitos desagradáveis, pois, como é sabido, sentimentos como cobiça e inveja não são positivos e são até bastante comuns. Além disso, o autor destaca que nem sempre a pessoa se dá conta de que gera essa descarga em outras pessoas.
Trata-se portanto de um fenômeno anímico (do espírito encarnado), que pode ser ou não potencializado pela presença de espíritos afins.
Cap.12 - Fenômenos de efeito físico (Resumo)
Cap.13 - Mediunidade (Resumo)
Cap.14 - Aura (Resumo)
Cap.15 - Psicofonia (Resumo)
Cap.16 - Semiologia da comunicação mediúnica (Resumo)
Cap.17 - Canais de comunicação: contribuição dos amigos espirituais (Resumo)
Cap.18 - Desenvolvimento (Resumo)
Cap.19 - O médium em ação (Resumo)
Cap.20 - Atividades paralelas e complementares (Resumo)
Hermínio Miranda fala sobre o trabalho de orientação espiritual e sua importância, comentando ainda que é um trabalho, infelizmente, pouco realizado pelos médiuns.
Trata-se de um trabalho mediúnico que consiste na consulta formal aos amigos espirituais. É justamente o que o nome diz, ou seja, uma sugestão dos espíritos que tem como base o conhecimento mais amplo da situação da pessoa, visando a um certo esclarecimento dos fatores implicados na causa da situação atual e, com base nessa compreensão, sugerem uma mudança de postura na pessoa ou naqueles que se encontram diretamente envolvidos com ela. Faz-se necessário um médium bem ajustado e que esteja sob o controle de espíritos responsáveis e esclarecidos para que o trabalho de orientação seja realizado com eficiência.
Interessante ressaltar que, raramente, os espíritos apontam para um caso de obsessão ou mediunidade embotada como geradores de distúrbios emocionais ou psíquicos e que, somente quando entendem que esse é realmente o caso, explicitam-no e dão sua sugestão. Além disso, uma vez que seu conselho está permeado por um conhecimento mais amplo, casos de gravidade podem ser explicitados e elucidados e os eclarecimentos são passados de acordo com o nível de entendimento e de desenvolvimento das pessoas envolvidas.
Cap.21 - Os carismas e a caridade (Resumo)
A caridade espiritual necessita do amparo da caridade material, que a sustenta, balanceia e complementa. Daí a importância de se realizar alguma atividade assistencial para quem se dedica ao exercício regular da mediunidade. O autor cita Paulo para ressaltar a importância da caridade e faz uma interessante observação de que a mediunidade não reside somente na comunicação com os espíritos, pois esta mediunidade auxilia àqueles que já tem noção da existência do lado espiritual e, uma vez que a caridade deve ser praticada com todos, a mesma atenção e carinho devem ser dispensados àqueles que ainda não se encontram convencidos dessa realidade, fornecendo encorajamento e esperança aos que ainda não tem o suporte da fé.
Para ilustrar isso, o autor cita algumas histórias onde o singelo ato de caridade de Regina (realizando enxovais para famílias pobres) acabou sendo crucial para reavivar esperanças e ânimo, mudar atitudes e auxiliar na tomada de decisões sérias na vida dessas pessoas.
Regina não se afinava com a idéia de caridade estatística. A filosofia de Regina para seu pequeno trabalho era dar com amor, roupas de qualidade, de vários tamanhos e em quantidade suficiente para que a família humilde pudesse ter fôlego para se reestruturar financeiramente. Ela tinha consciência de que acendia somente uma vela e, embora algumas pessoas acendam holofotes, há aquelas que passam a vida inteira sem riscar um só fósforo.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Quem é Maria de Nazaré para nós Espíritas?


QUEM É MARIA PARA OS ESPÍRITAS?

Maria ganhou muitos nomes pelos católicos. Por exemplo: Nossa Senhora de Fátima, pela aparição em Fátima (Portugal); Nossa Senhora Aparecida, por ter sido encontrado uma imagem na cidade de Aparecida durante uma pesca; o título de rainha, etc., são nomes e títulos que a Igreja Católica deu a Maria. Para nós espíritas ela foi aqui na Terra, Maria a mãe de Jesus. Hoje, é um espírito que continua a trabalhar na Seara do Senhor, não mais como mãe, mas como irmã de Jesus e de todos nós, já que aprendemos que somos todos filhos de Deus, e aqui na Terra nós não “somos” mães, filhos, netos, etc., nós “estamos” por um breve tempo desempenhando tais papéis. Temos grande admiração e respeito a este espírito que aceitou a missão de receber o maior espírito que o planeta Terra já recebeu: JESUS. E foi ele que pediu que fossemos "mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes". E nós somos mansos como as pombas e nos esquecemos de ser prudente como a serpente. E tudo que os outros dizem, nós acreditamos. Vejamos que na idade média, a religião tradicional dizia para o povo que o mundo ia acabar. E o povo saía entregando as fazendas, as cabras, as casas, para a religião dominante. Mas, se o mundo ia acabar, porque a religião recebia? E ninguém refletia sobre isto? Mostrando como somos tolos. Temos que pensar no que está sendo apregoado, se faz sentido. E na maioria das vezes, veremos que são coisas ridículas. E os zombeteiros tiram proveito disso, enquanto nós nos conformamos dizemos que isso é das religiões. As pessoas mais atentas dirão: “Tá vendo, o que a religião faz com a cabeça dos outros?” Mas não é a religião, são alguns religiosos encarnados ou desencarnados, ou pseudo religiosos, seria melhor dizer, que se valem do nome da crença, da atitude das pessoas, da imaturidade emocional dos indivíduos, e saem por ai pregando.
J. Raul Teixeira conta, em uma de suas palestras que certa vez, no seu Estado (R.J.), apareceu um indivíduo com um cobertor nas costas, fazendo profecia e dizendo que aquele cobertor havia sido mandado tecer por Maria de Nazaré para ele. E as pessoas iam lá colocar a mão no tal cobertor e queriam levar um pedacinho. E conclui dizendo: “em pleno século 21, é um vexame. Muita gente sofre enganos, é enganada, é iludida, furtada, roubada, porque não amadureceu emocionalmente, intelectualmente, não aprendeu a raciocinar. E estes quesitos não podem ser imputados à Deus, à Jesus e nem à religião, mas sim, aos grupos sócio-econômico, político-econômico, que adotam os nomes das religiões. Bom senso e água fluidificada, não fazem mal a ninguém. É a ingenuidade que faz com que as pessoas busquem este tipo de coisa. Isso vai gerando a ignorância cada vez maior das pessoas. Quando alguém ouve que apareceu Nossa Senhora na janela, o povo todo marcha para lá. Encontraremos universitários ou não, é uma ignorância generalizada. Usemos o raciocínio e perguntemos: “Será que Nossa Senhora não tem mais o que fazer nos páramos celestiais?” ; “Será que para ajudar a humanidade ela precisa vir aqui em São Paulo, Rio de Janeiro, etc.?”; “Por que Maria não apareceria para os povos africanos, japoneses ou da Etiópia?” Por detrás desta psicologia da credulidade tem sempre alguém tirando vantagem. Nós estamos desacostumados a pensar. Nós estamos acostumados a acreditar. Somos pouco criteriosos. O Espiritismo está nos ajudando a pensar, questionar e não aceitar tudo que nos dizem.”
O QUE É SANTO NA VISÃO ESPÍRITA? André Luiz responde: “É um atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.” Os santos são chamados pela Doutrina Espírita de socorristas, e estes trabalham e não querem outro pagamento a não ser adquirir vontade de serem bons e servos de Jesus. Trabalham por toda parte, nos umbrais, nos postos de socorro e também ajudam os encarnados e muitas vezes, atendem os chamados de fé em nome das diversas entidades conhecidas na Terra (Maria, Jesus, Expedito, etc.). Há grande concentração de socorristas em lugares de romaria onde muitos oram e fazem pedidos. Estes abnegados trabalhadores atendem em nome de Nossa Senhora, dos diversos santos, de Jesus, etc. Os bons acodem sempre. Se os pedidos são mais complexos, são encaminhados a ministérios próprios e analisados pelos que lá trabalham. Para serem atendidos, são levados em conta alguns critérios como: “O que pede é bom para ele?” As vezes, pede-se uma graça que seria um bem no momento, e causa de dor no futuro; pedem fim de sofrimentos, doenças e às vezes não se pode interromper o curso de seu resgate; também é levado em conta, se ao receber a graça, a pessoa melhora se voltando mais ao “Pai”. Se aprovado, vão os socorristas e ajudam a pessoa, não importando a eles para quem foi feito o pedido, embora, há equipes que trabalham atendendo os pedido à Nossa Senhora, santos do lugar, etc . . . Podemos também ser atendidos pelos próprios santos, que nada são que servos de Jesus.
O ESPÍRITA FAZ PROMESSA? Não. Promessa é costume dos católicos. Nós espíritas não barganhamos com Deus, Maria ou qualquer outro "santo". Por exemplo, há quem vá a Aparecida do Norte para agradecer a Nossa Senhora (Maria) por um pedido alcançado como se ela estivesse lá. Caminham quilômetros, carregam cruzes, velas, sobem ladeiras de joelhos, etc. Nós espíritas questionamos: "será que ela não ficaria mais contente se fizessem algo por alguém para retribuir o que "ela" fez?" O sacrifício que Maria, Deus, Jesus e os benfeitores espirituais querem de nós é o da alma e não a do corpo físico. É a reforma íntima onde nos despojamos dos sentimentos, atitudes e palavras inferiores. Estes Espíritos de grande evolução que viveram e vivem conosco neste planeta devem ser exemplos para que sigamos seus ensinamentos na prática e não para virarem "santos(as)" para que, depois de sua desencarnação fiquemos pedindo, pedindo e pedindo. Aliás, eles também fazem seus pedidos e nós não lhes damos ouvidos. Perguntemos: "Como estamos tratando nossos familiares, nossos colegas de escola ou trabalho?" "Nós perdoamos ou revidamos as ofensas?" "Respeitamos os mais velhos, os animais, as crianças, o próximo e a nós mesmos?" Enquanto isso, muitos comercializam o nome de Maria e sua falsa imagem, pois ela era simples como o filho, não usaria coroa de ouro e não aceitaria estar vestida com roupa cuja franja é de ouro 14 K, as lantejoulas vieram da Tchecoslovaquia, o veludo é inglês e sua imagem é guardada em uma caixa de ouro. Precisamos lembrar que Jesus repreendeu o comércio no templo religioso. Este é o que o espírita pensa, sem querer impor ou ir contra quem pensa e age de maneira diferente.
OS ESPÍRITAS ACREDITAM EM MILAGRE? As curas realizadas por Jesus, por exemplo, foram consideradas pelo povo como milagres, no sentido que a palavra tinha na época: o de coisa admirável, prodígio. Atualmente, o Espiritismo esclarece que os fenômenos de curas se dão pela ação fluídica, transmissão de energias, intervenção no perispírito, e permite examinar e compreender as curas realizadas por médiuns (espíritas ou não); por pessoas dotadas de excelente magnetismo; ou direto pelos socorristas (santos) desencarnados. Essa explicação não diminui nem invalida as curas admiráveis, feitas por Jesus; pelo contrário, leva-nos a reconhecer que Jesus tinha alto grau de sabedoria e ação, para poder acionar assim as leis divinas e produzir tais fenômenos. Os fatos como milagres nada mais são do que fenômenos; fenômenos que estão dentro das leis naturais; são efeitos cuja causa escapa à razão do homem comum. Podem ocorrer sempre que se conjuguem os fatores necessários para isso.
E A VIRGINDADE DE MARIA? A virgindade perene de Maria, defendida pelos teólogos medievais, mesmo os mais ilustres como Agostinho e Tomás de Aquino, entranhou-se de tal forma na mente popular que se incorporou ao seu nome. Os fiéis evocam a Virgem Maria. No entanto, a virgindade da mãe de Jesus, que teria sido preservada mesmo depois do parto, contraria os textos evangélicos, onde está registrado que ela teve outros filhos. Em Mateus (13:53-56) diz o povo, em Nazaré, onde Jesus acabara de fazer uma pregação: Não é este o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não moram conosco? Então, de onde vem tudo isso? Pretendem os teólogos que os enunciados irmãos de Jesus eram primos ou, então, filhos de um primeiro casamento de José. Mera especulação. Por outro lado, Lucas foi o único evangelista a registrar o episódio da anunciação. Médico grego, discípulo do apóstolo Paulo, não conviveu com Jesus. Escreveu seu Evangelho com base na tradição oral ( transmissão oral de fatos ), décadas mais tarde. Jesus tornara-se uma figura mitológica, e nada melhor para exaltar o homem mito do que situá-lo como filho de uma virgem. Outro motivo ponderável para que se optasse pela virgindade de Maria: o sexo.
O simbolismo sobre o suposto pecado cometido por Adão e Eva resultou na perda do paraíso, como encontra-se no Livro Gênese, do Velho Testamento. Sexo, portanto, era sinônimo de pecado. Os casais eram orientados a buscar a comunhão carnal apenas com o objetivo de procriação. Os teólogos, buscavam fórmulas para que o sexo, que não podiam proibir, sob pena de extinguirem a raça humana, fosse minimizado na vida familiar e exercitado não como parte da comunhão afetiva, mas exclusivamente para a procriação.
O sexo era vedado aos domingos, dias consagrados ao Senhor; no jejum de quarenta dias, antes da Páscoa; vinte dias antes do Natal; dias antes de Pentecostes; três ou mais dias antes de receber a comunhão; durante o período menstrual, semanas entes e depois do parto . . . Quanto menos tempo disponível, menos pecado. Para conter os fiéis apregoava-se que o sexo nos períodos proibidos gera filhos deficientes físicos e mentais e doenças como a lepra e a tuberculose. Vítimas inocentes das supostas artes do original casal, estamos todos maculados pelo seu “pecado”. Todos menos Maria. Por graça de exceção ela teria nascido pura, imaculada. A idéia da “imaculada conceição” gerou um problema para os teólogos. Segundo o dogma do pecado original experimentamos a morte por causa dele. Então, se Maria nasceu sem essa mácula não poderia morrer. Resolveu-se a questão com outro dogma: a assunção de Maria. Ela não morreu. Foi arrebatada aos céus em corpo e espírito! Não há limites para a fantasia quando renunciamos à lógica e ao bom senso.
Kardec situa Maria como a imaculada, não sob o ponto de vista físico, mas espiritualmente. Porque para nós espírita SEXO não é pecaminoso. Pecaminoso é a maneira que alguns utilizam o SEXO. Porque este foi feito para gerar vida, e muitos acham que a vida foi feita para o sexo. Se sexo fosse errado, Deus teria arrumado outro meio para que seus filhos fossem gerados na Terra. Portanto, para nós espíritas, Maria será sempre um grande espírito, tenha ela sido virgem ou não.
DE QUEM É A FOTO ACIMA? É de Maria, ditada por Emmanuel ao pintor Vicente Avela através da mediunidade de Chico Xavier. Em uma rápida entrevista, Chico frisou que a fisionomia de Maria é tal qual Ela é conhecida quando suas visitas às esferas espirituais mais próximas e perturbadas da crosta terrestre; como a Legião dos Servos de Maria que agem na instituição em amparo aos suicidas que está detalhado no livro Memórias de um suicida.

OBSERVAÇÃO: NÃO SOMOS CONTRA QUEM PENSA E AGE DE MANEIRA CONTRÁRIA, COLOCAMOS AQUI O QUE NÓS ESPÍRITAS PENSAMOS SOBRE MARIA E COMO A RESPEITAMOS.