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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Classificação do Casamento

CLASSIFICAÇÃO DO CASAMENTO - Martins peralva


 


Martins Peralva, sugere a seguinte classificação dos casamentos: Acidentais, Provacionais, Sacrificiais, Afins (Afinidade superior), Transcendentes.

 
ACIDENTAIS : Se dá por efeito de atração momentânea, de almas ainda inferiorizadas. São as pessoas que se encontram, se vêem, se conhecem, se aproximam, surgindo, daí, o enlace acidental, sem qualquer ascendente espiritual. Usando de seu livre arbítrio, uma vez que por ele construímos sempre o nosso destino. No nosso mundo, tais casamentos são comuns, ainda.
PROVACIONAIS: Reencontro de almas, para reajustamentos necessários à evolução delas. São os mais frequentes. É por essa razão que há tantos lares onde reina a desarmonia, onde impera a desconfiança, onde os conflitos morais se transformam, tantas vezes, em dolorosas tragédias. Deus permite a união deles, através das leis do Mundo, a fim de que, pelo convívio diário, a Lei Maior, da fraternidade, seja por eles exercida nas lutas comuns. A compreensão evangélica, a boa vontade, a tolerância e a humildade são virtudes que funcionam à maneira de suaves amortecedores.
O Espiritismo, pelos conhecimentos que espalha, é meio eficiente para que muitos lares em provação, se reajustem e se consolidem, dando, assim, os primeiros passos na direção do Infinito Bem. O Espírita esclarecido sabe que somente ele pagará as suas próprias faltas, porém sempre contando com o auxílio Divino.
SACRIFICIAIS: Deus permite aí, o reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimir a que se pedeu pelo caminho. Reúnem almas possuidoras de virtude a outras de sentimentos opostos. Acontece quando uma alma esclarecida, ou iluminada se propõe ajudar a que se atrasou na jornada ascensional. Como a própria palavra indica, é casamento de sacrifício, para um deles. E o sacrificado tanto pode ser a mulher como o homem. Quem ama não pode ser feliz se deixou na retaguarda, torturado e sofredor, o objeto de sua afeição.Volta, então, e, na qualidade de esposo ou esposa, recebe o viajor retardatário, a fim de, com o seu carinho e com a sua luz, estimular-lhe a caminhada.  O Evangelho nos lares, como em toda a parte, funciona à maneira de estimulante da harmonia e construtor do entendimento.
AFINS : Pela lei da afinidade, reencontram-se corações amigos, para consolidação de afetos. São os que reúnem almas esclarecidas e que muito se amam. São Espíritos que, pelo casamento, no doce aconchego do lar, consolidam velhos laços de afeição.
TRANSCENDENTES: São Almas engrandecidas no Bem que se buscam para realizações imortais. São constituídos por almas que se reencontram, no plano físico, para as grandes realizações de interesse geral. A vida desses casais encerra uma finalidade superior. O ideal do Bem e do Belo enche-lhes as horas e os minutos repletando-lhes as almas de doce ventura, acima de quaisquer vulgaridades terrenas, acima das emoções inferiores, o amor puro e santo. Todos nós passamos, ou passaremos ainda, segundo o caso, por essa sequência de casamentos: acidentais, provacionais e sacrificiais, até alcançarmos no futuro, sob o sol de um novo dia, a condição de construirmos um lar terreno na base do idealismo transcendental ou da afinidade superior. E enquanto caminhamos, o Espiritismo, abençoada Doutrina, cumulará os nossos dias das mais santas esperanças…
É evidente que o matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido sob o mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união, na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e, noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.
Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado. Porém, a maioia dos lares funcionam como oficina e hospital purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, lentamente, na direção da Vida Superior.

 
Autor: Martins Peralva
Livro : Estudando a Mediunidade – cap. XVIII

No livro de sua autoria, Fé, Paz e Amor, página 92, Emmanuel, o sábio amigo do médium Chico Xavier, ensina:“Se encontrastes em casa, o campo de batalha, em que sentes compelido a graves indenizações do pretérito, não te detenhas na dúvida! Suporta os conflitos à própria redenção, com valor moral do soldado que carrega o fardo da própria responsabilidade, enquanto se desenvolver a guerra a que foi trazido. Não te esqueças de que o lar é o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil e, por isso mesmo, intrépidas e tranquilas nos compromissos esposados, saibamos enobrecê-los e santificá-los.”

 
Observação de Édo Mariano: Sendo assim, verificamos que não é compensadora a separação. Para tanto, toma-se necessário que cada um dos cônjuges compreenda a importância de sua participação empenhada no êxito resolutivo nas divergências. Assumindo, com boa vontade e compreensão, a parte que lhes compete, receberão, necessariamente, uma solução positiva. Isso é de Lei. A separação, portanto, toma-se necessária em casos extremos, quando a irracionalidade de um ou de ambos os cônjuges não propiciar ambiente para entendimentos; quando a convivência, ao invés de pacificar, cria maiores divergências, complicando, ainda mais, as dificuldades para o bom relacionamento; quando as agressões podem causar prática de crimes ou por adultério. Todavia, mais cedo ou mais tarde, as partes se encontrarão para os devidos reparos, pois, nas Leis de Deus, só a prática do AMOR nos fará felizes.
 

 
Leiam o livro "PLANO B" de Richard Simonetti para entender melhor este assunto