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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Chico Xavier explica Judas Iscariotes

Chico Xavier explica Judas Iscariotes.

No programa “Pinga Fogo” da TV Tupi fizeram uma pergunta ao Chico Xavier:
-“Gostaria de Saber se Judas foi um traidor ou fazia parte de um programa para salvar Jesus Cristo”.
Resposta de Chico Xavier:
-“Acredito que nós todos nascemos com determinadas tentações, e se deixamos essas tendências à solta e se vamos praticar com elas males maiores do que aqueles que já cometemos em existências passadas, nós somos responsáveis conquanto possamos ser instrumento para resgate de determinadas situações ou peças na engrenagem, na história de grupos ou de coletividades com conseqüências agradáveis ou desagradáveis para o futuro.
Individualmente nós temos que pensar que nós temos determinadas tendências, vamos dizer tentações, mas devemos resistir às tentações.
Creio que Judas poderá ter renascido com tentações muito grandes para se apropriar da autoridade política e de exigir que Nosso Senhor Jesus Cristo tomasse as rédeas do poder humano.
Acredito. Mas creio que ele não deveria ter deixado essas tendências assumir o caráter que assumiram”.
* * * * *
Como diz o próprio Chico Xavier, Judas poderia ter renascido com tentações muito grandes para se apropriar da autoridade política e de exigir que Jesus tomasse as rédeas do poder humano.
Através das mãos abençoadas do grande médium mineiro, os espíritos de luz começaram a traçar um novo perfil de Judas Iscariotes.
Não era mais o mesmo traidor que estava sendo estudado e sim um homem que caiu em suas próprias armadilhas, ao confiar nos políticos religiosos que dominavam a ferro e fogo a alma de seu povo.
Através de Chico, tivemos notícias sobre o paradeiro do apóstolo infiel. A sua passagem pelo umbral, as diversas reencarnações expiatórias, até o derradeiro cumprimento de suas penas purificadoras.
Os espíritos que nos trouxeram as notícias do Além são da mais pura confiança e amealharam para si a simpatia de todos nós que sempre estamos com os ouvidos atentos para escutar histórias que possam nos ajudar a crescer espiritualmente.
Mal comparando, devido a nossa pequenez, todos nós que amamos o evangelho de Jesus, somos hoje, as Marias de Betânia, sentados aos pés dos mestres, atentos, tentando aprender ao máximo as lições que nos repassam, pois sabemos que esses ensinos são o combustível que nos impulsionam rumo à amplidão.
 
Humberto de Campos e a entrevista com Judas Iscariotes.
A crônica foi escrita     em 1935 e publicada no livro “Crônicas de Além-túmulo” pela FEB, tendo Chico Xavier como medianeiro.
Humberto foi visitar a cidade de Jerusalém, à noite, e divisou legiões de duendes perpassando as ruínas que ainda existem por lá.
Viu um homem vestido à maneira antiga, sentado às margens do Cedron. Era Judas Iscariotes que ali estava para recordar o passado. Humberto se aproxima e sente a perfeição do espírito.
Judas conta que Jesus com Sua pureza imaculada estava entre dois mundos: o Sinédrio queria o reino do Céu e Roma o reino da Terra.
Judas amava Jesus e via na política a única maneira para triunfar. Assim, associou-se com o Sinédrio para assumir um cargo elevado na nova ordem que propunha compor e Jesus passaria a um plano secundário.
Com novos colaboradores e com o poder na mão Judas daria um novo impulso à Doutrina. Depois Jesus continuaria a Sua missão normalmente, mas teriam força política e não mais seriam perseguidos.
Entregando o Mestre a Caifás, Judas não imaginou que também seria traído, e vendo que as coisas atingiram um fim trágico, suicidou-se, ralado de remorsos.
Depois de muito sofrer nas regiões inferiores da espiritualidade, Judas começou a reencarnar, durante séculos, sofrendo as perseguições infligidas aos adeptos da Doutrina de Jesus, em Roma.
As suas provas culminaram numa fogueira da inquisição no século XV, quando foi traído, vendido e usurpado.
Judas pagou pelo seu crime e redimiu-se durante 15 séculos. Os homens sempre venderam Jesus de todas as maneiras, utilizando-se de Seu nome para amealhar fortunas, e não se enforcam como fez o Seu discípulo.
Chico Xavier e muitos outros médiuns e estudiosos do Espiritismo confirmam que o Espírito Judas Iscariotes reencarnou pela ultima vez como Joana D´Arc. Hoje pode apresentar-se sob as duas identidades que envergou no corpo carnal.
 
Joana D´Arc
Joana D´Arc foi a heroína francesa que nasceu em Doremy em 06 de janeiro de 1.412.
A França estava sendo invadida pela Inglaterra e na iminência de ser completamente dominada pelo inimigo. Estava em curso a guerra dos 100 anos.
Faltavam apenas algumas cidades caírem para que a Inglaterra dominasse totalmente a França, incorporando o país às suas terras.
Com a idade de 13 anos a menina teve visões espirituais de São Miguel, de Santa Margarida e de Santa Catarina, que lhe diziam que ela havia nascido para libertar a França do domínio Inglês.
No ano de 1.428 com a idade de 16 anos, Joana D´Arc conseguiu autorização do Rei Charles VII para comandar um exército e lutar contra os ingleses.
Foram varias vitórias, até que num dos combates, no dia 23 de maio de 1430, os seus companheiros fugiram deixando-a cercada pelas tropas inimigas.
Ela foi presa em Marigny e foi vendida a Jean de Luxemburg. Depois foi vendida aos ingleses e ficou presa no castelo de Rouem.
A partir desse momento começou o calvário dessa heroína. Foi traída, vilipendiada, usurpada, e por fim foi julgada pela Igreja como herege. Isso porque dizia conversar com os anjos e santos da própria Igreja e por usar roupas masculinas.
Depois de um julgamento injusto que começou em 21 de fevereiro de 1431, foi condenada a morrer na fogueira inquisitorial no dia 30 de maio de 1431.
Com a idade de 19 anos, na cidade de Rouem, morria a grande heroína francesa, que lutou pela liberdade da França. A espiritualidade sabia da importância que a França tinha como país autônomo, por isso não podia permitir que viesse a ser incorporada pela Inglaterra.
Com Joana D´Arc os homens tiveram noticias de que as visões espirituais são possíveis de acontecer.
Quatrocentos e vinte e seis anos depois de sua morte, o Espiritismo nascia como Doutrina, na própria França, com Allan Kardec, para mostrar à humanidade a comunicação entre os dois mundos: material e espiritual.
 
Irmão X - Nas palavras do caminho
Irmão X conta no livro “Pontos e Contos” da Feb, que os apóstolos Tiago e Matias demandavam Betânia enquanto conversavam sobre Judas e a traição a Jesus.
Tiago disse que Judas queria dirigir o grupo, andar com os rabinos do Templo, cativar os romanos e submeter o Mestre à sua vontade. As coisas não saíram ao seu modo o que culminou na tragédia da cruz. Não merecia perdão pelo que fez
Enquanto andavam notaram que um peregrino se aproximava nimbado de luz. Era Jesus. Os apóstolos se ajoelharam e rogaram a Sua benção e pediram que fossem juntos a Jerusalém. O Divino Mestre disse-lhes então que não estava indo à cidade.
Estava seguindo em missão de auxilio a Judas.
Tiago era o apóstolo que tinha dentro de si arraigados os costumes da Lei de Moisés, o que salvou em muitas ocasiões a Casa do Caminho. Morou em Jerusalém e dirigiu a igreja com Simão Pedro, tentando contornar os problemas que os inimigos proporcionavam. Matias era o sucessor de Judas.
Notemos que os dois estavam seguindo para Betânia, e encontraram Jesus. O Mestre esclarece que está indo para as regiões da espiritualidade onde se encontra Judas Iscariotes, a fim de auxiliá-lo.
Maria Dolores e o Retrato de Mãe
No livro “Momentos de Ouro”, psicografado por Chico Xavier, publicado em 1977 pelo GEEM, Maria Dolores, emérita poetisa, escreve um poema de altíssimo quilate onde mostra o espírito Judas no umbral. O título do poema é “Retrato de Mãe”.
No referido poema ela conta que depois de muito tempo, dos quadros do Calvário, Judas estava cego e errava pelo umbral.
Cansado de remorsos, põe-se a chorar. Nisso, nobre senhora se aproxima e pede o porquê do choro. Ele então conta que era Judas e que havia traído o Mestre, que havia se suicidado, mas que continuava vivo e sofrendo.
A senhora lhe diz que a Bondade do Céu jamais condena e que ali está como sua mãe e que lhe daria uma nova existência.
Mãe?  Não tenho mãe, retruca o suicida. Pois, quando morreu procurou a sua mãe e ela o enxotou mandando-o de volta aos infernos.
Mas a divina senhora lhe disse docemente: quero ver a tua vida novamente revestida de paz e de luz.
Voltarás à Terra, numa nova existência, onde terás o esquecimento e a oportunidade de recomeçar.
Judas, mais calmo, pede à meiga senhora se ela é uma divina mulher ou um anjo de luz.  E ela responde:
- Meu filho, eu sou Maria, sou a mãe de Jesus.
Agora começamos a entender que Maria de Nazaré sempre foi uma das maiores trabalhadoras do Reino dos Céus. Perdoou Judas e foi pessoalmente buscá-lo para que iniciasse a caminhada de 1500 anos, num projeto de remissão de suas culpas, no longo calvário que culminaria em sua redenção.

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