Seja bem-vindo. Hoje é

terça-feira, 10 de maio de 2011

Homossexualismo



Uma vida sexual saudável desempenha um importante papel para nossa evolução, além da reprodução, procriação e continuidade da espécie humana. Uma relação sexual constitui-se de liberação de energias que devem ser canalizadas em benefício de nós mesmos.

Por isso, a prática desregrada do sexo não é recomendada por dispersar nossas energias que acabarão por enfraquecer nosso corpo e mente. Manter a mente sã por meio de bons pensamentos e a realização de boas ações contribuirão para se estabelecer relações harmoniosas que facilitarão uma elevada sintonia com o plano maior.

O homossexualismo é um comportamento que intriga a sociedade, a ciência e as religiões. A homossexualidade não é uma doença e nem um caso genético. Pois estudos realizados no campo da ciência não registram comprovação alguma sobre a condição, embora na avaliação dos estudiosos esta tendência comece a se manifestar desde cedo.

A homossexualidade, para alguns companheiros encarnados de jornada espiritual, é considerada obsessão. Um instante de descuido abre espaço para legiões de Espíritos trevosos penetrarem em nossa mente e desencadearem uma série de males à alma.

No entanto, em uma situação de vibração elevada se caracteriza pela emissão de pensamentos benéficos e vem acompanhada de ações positivas em prol de nossos semelhantes, certamente este algoz encontrara uma barreira de proteção e não seríamos presas fáceis. À luz da Doutrina, o homossexualismo pode ser considerado como uma obsessão, expiação ou provação, pois o Espírito não tem sexo e reencarna conforme suas necessidades evolutivas.

Emmanuel em Vida e Sexo, psicografado por Chico Xavier, descreve o seguinte: “a vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas (...) ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias”.

Para completar o pensamento de Emmanuel, André Luiz, no livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, fornece o seguinte relado do Assistente Silas: “sabemos que o sexo, analisando na essência, é a soma das qualidades femininas ou masculinas que caracterizam a mente, razão por que é imprescindível observá-lo, do ponto de vista espiritual, enquadrando-o na esfera das concessões divinas que nos cabe movimentar com respeito e rendimento na produção do bem (...) O sexo no corpo humano é assim como um altar de amor puro que não podemos relegar à imundice, sob pena de praticar as mais espantosas crueldades mentais, cujos efeitos nos seguem, invariáveis, depois do túmulo...”.

É importante lembrar e ter presente na nossa consciência essas palavras: “o sexo no corpo humano é assim como um altar de amor puro que não podemos relegar à imundice, sob pena de praticar as mais espantosas crueldades mentais, cujos efeitos nos seguem, invariáveis, depois do túmulo...”.


Por isso, nunca devemos esquecer que somos responsáveis por nossos atos e mesmo inconscientemente podemos diferenciar o certo do que é errado. Porém, as nossas falhas do passado podem ser minimizadas a cada reencarnação que representa uma oportunidade ou chance para lapidarmos a “pedra” que ainda existe em nosso perispírito. Nesse processo de lapidação contamos com a ajuda da espiritualidade amiga que nos dará o suporte necessário para deixar o labirinto que um dia habitamos e receber os ensinamentos do mestre Jesus que em muito contribuirão para nossa reforma íntima e mental, até que a luz brilhe em nosso ser.

Neste caminhar, os homossexuais encontram resistência por parte de dirigentes espíritas que lhes negam a oportunidade de desenvolver seu trabalho mediúnico ou mesmo de praticar “boas obras” conforme ensinou nosso Mestre. Esta é uma situação bastante delicada que exige do dirigente muita sensibilidade para manter uma postura alheia aos preconceitos.

Para Joanna de Ângelis em Dias Gloriosos, psicografado por Divaldo Pereira Franco, “a questão sexual é muito delicada e profunda, estando a exigir estudos sérios, sem as soluções da vulgaridade, apressadas e levianas, que pretendem resolver as situações conflitivas mediante sugestões para comportamentos insensatos, que violentam as estruturas morais do próprio ser, que passa então a experimentar distonia psíquica íntima ou desprezo por si mesmo, embora mantendo a aparência de triunfo que se encontra distante de o haver conseguido”.

Joanna de Ângelis considera que “a questão é muito delicada”. Ao tratarmos deste assunto temos a intenção de alertar as pessoas para que o homossexualismo não deve ser abordado, simplesmente, como obsessão. O processo obsessivo é resultado de um desregramento moral que compromete o comportamento de uma pessoa. Para tratar desses problemas espirituais, o centro espírita possui um conjunto de procedimentos como passes, desobsessão, fluidificação da água, palestras ou reuniões abertas ao público, sessões de leitura sobre a Doutrina Espírita, além do incentivo para o culto do Evangelho no lar.

Porém, nada disso surtirá efeito, se não partir da pessoa aquele esforço de querer se libertar como diz Kardec: “reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para dominar as suas más tendências”.

É importante reconhecer e ter consciência do que somos e de que temos débitos do passado e resgates a serem cumpridos no Mundo Material. No entanto, essas adversidades não devem ser encaradas como um peso maior que nossas forças. E que não sejam razão para fugas como suicídio e drogas que trarão sérias conseqüências ao nosso perispírito acarretando novos resgates. Para vencermos estes embates contrários, somente fé e perseverança, capazes de nos conduzir em direção à evolução espiritual.

Essa postura encontra apoio nas sábias palavras de Emmanuel: “observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para o mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso por que todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um”.

Por Marco Tulio Michalick

Texto publicado no livro "Pronto para Vencer sem Medo de Tentar", DPL Editora, 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário