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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aprenda o Esperanto - A Missão

                                                      

Resolução UNESCO de 1954
Conferência Geral da UNESCO, oitava sessão, Montevidéu (Uruguai), 1954.
Resolução adotada em 10 de dezembro de 1954,por ocasião da décima oitava sessão plenária.
IV. 1.4.422 – A Conferência Geral,
Tendo discutido o relatório do Diretor Geral sobre a Petição Internacional em favor do Esperanto,
  • IV. 1.4.4221 – anota os resultados obtidos por meio do Esperanto nos intercâmbios intelectuais internacionais e para a aproximação dos povos;
  • IV. 1.4.4222 – Reconhece que esses resultados correspondem às finalidades e aos ideais da UNESCO;
  • IV. 1.4.4223 – Autoriza o Diretor Geral a acompanhar a evolução da utilização do Esperanto na ciência, educação e cultura e, para esse fim, colaborar com a Associação Universal de Esperanto em assuntos que interessem ambas as organizações.
  • IV. 1.4.4224 – Fica ciente de que vários Estados-Membros se declaram prontos a introduzir ou desenvolver o ensino do Esperanto em suas escolas primárias, secundárias ou superiores e convida esses Estados-Membros a manterem o Diretor Geral informado sobre os resultados obtidos nesse campo.
A missão do Esperanto
No cômputo das transformações por que passa o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com vistas ao porvir da Humanidade. Se por toda a parte observamos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplamos também as atividades do exército de operários das edificações do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo, dispersos nas estradas terrestres, mas procurando ajustar suas diretrizes. São esses, sim, os artífices do progresso divino. Empunham o alvião formidável da fé, acima de tudo, n’Aquele que é a luz dos nossos destinos. No acervo desse aparelhamento de energias renovadoras, objetivando o vindouro milênio, quero referir-me ao Esperanto, abraçando fraternalmente o nosso irmão que se constituiu pregoeiro sincero da sua causa, obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes do plano espiritual.

Jesus afirmava não ter vindo ao Planeta para destruir a Lei, como o Espiritismo, na sua feição de Consolador, não surgiu para eliminar as religiões existentes. O Mestre vinha cumprir os princípios da Lei, como a doutrina consoladora vem para a restauração da Verdade, reconduzindo a esperança aos corações, nesta hora torva do mundo, em que todos os valores morais do Orbe periclitam nos seus fundamentos, assaltados pelas doutrinas da violência que embriagaram o cérebro da civilização atual, qual veneno amargo a destruir as energias de um corpo envelhecido.

Também o Esperanto, amigos, não vem destruir as línguas utilizadas no mundo para o intercâmbio dos pensamentos. A sua missão é superior, é da união e da fraternidade rumo à unidade universalista. Seus princípios são os da concórdia e seus apóstolos são igualmente companheiros de quantos se sacrificaram pelo ideal divino da solidariedade humana, nessas ou naquelas circunstâncias.
A língua auxiliar é um dos mais fortes brados pela fraternidade, que ainda se ouve nesse Planeta empobrecido de valores espirituais, neste instante de isolacionismo, de autarquia, de egoísmo e de nacionalismo adulterado.

O exemplo da Europa moderna nos faculta uma idéia dessa penosa situação. Todos os povos têm seus advogados entusiastas que, com orações ardorosas, justificam esta ou aquela medida de seus governos. As nações são grandes tribunas onde cada um fala se si mesmo, humilhando ou conquistando o que é de seu irmão. Cada um aplaude todo crime político, desde que seja praticado dentro de suas fronteiras. Entretanto, a grande Europa, essa entidade maternal e sublime, que cooperou para o aperfeiçoamento da Humanidade, que instruiu e educou, elevando o espírito do mundo, essa não tem advogados, não dispõe de uma voz que externe os gemidos de seu coração dilacerado, porque as fronteiras lhe dividiram todos os seus filhos, estabelecendo separações de areia e aço, transformando-a num deserto triste de corações, onde não existe a fonte de amor para reconfortar as almas.

Sim, nesta hora o Esperanto é uma força que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a permuta dos valores universais do pensamento, em forma universalista. Sonho? Propaganda só de palavras? Novo movimento para criar um interesse econômico? Todas essas suposições poderão ser formuladas pelos espíritos desprevenidos; mas, somente pelos desprevenidos, que aguardam a adesão geral, para comodamente expressarem suas preferências. Os que, porém, buscam a luz da sinceridade para o exame de todos os assuntos, saberão encontrar, no movimento esperantista, essa claridade reveladora que, em realizações sagradas, desde agora, esclarecerá, mais tarde, as idéias do mundo, fazendo ressaltar a nobreza dos seus princípios, orientados por aquela fraternidade que nasce do pensamento divino de Jesus, para todas as obras da evolução humana.

Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: “aprendamo-la”, porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação.

Deus é venerado pelos homens através de numerosas línguas, de que se servem as seitas e as religiões, todas tendendo para o maravilhoso plano da unidade essencial. Copiemos esse esforço sábio da natureza divina e marchemos para a síntese da expressão, malgrado a diversidade dos processos com que exprimem os pensamentos.

Todo esse esforço é de fraternidade legítima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as esperanças de nosso irmão presente, que lhe santifique os esforços e os de seus companheiros na tarefa que lhes foi deferida pelas forças espirituais, deixo-vos a todos vós os meus votos de paz, aguardando para todos nós, discípulos humildes do Cristo, a bênção reconfortante de seu amor.
(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier na cidade de Pedro Leopoldo (MG), em 19 de janeiro de 1940, durante uma sessão em que estava presente Ismael Gomes Braga, o grande pioneiro espírita-esperantista do Brasil.)


Resolução UNESCO de 1985
Conferência Geral da UNESCO. Vigésima terceira sessão. Sófia (Bulgária), 1985.
Resolução adotada em 8 de novembro de 1985, por ocasião da trigésima sexta sessão plenária.
11.11 – Comemorações do Centenário do Esperanto.
A Conferência Geral,
Considerando que em sua sessão de 1954, ocorrida em Montevidéu, através da resolução IV. 1.4.422-4224, anotou os resultados atingidos por meio da Língua Internacional Esperanto no campo dos intercâmbios intelectuais internacionais e compreensão recíproca entre os povos do mundo, e reconheceu, que eles coincidem com os objetivos e ideais da UNESCO,
Fazendo lembrar que o Esperanto desde então fez consideráveis progressos como instrumento de compreensão entre povos e culturas de diferentes países, penetrando na maioria das regiões do mundo e na maioria das atividades humanas,
Reconhecendo a grande possibilidade que o Esperanto representa para a compreensão internacional e comunicação entre povos de diferentes nacionalidades,
Anotando a contribuição muito importante do Movimento Esperantista, e principalmente da Associação Universal de Esperanto, para a divulgação de informações sobre as ações da UNESCO, assim como sua participação nessas ações,
Consciente do fato que em 1987 se comemorará o centenário da existência do Esperanto,
  1. Parabeniza o Movimento Esperantista por ocasião de seu centésimo aniversário.
  2. Pede ao Diretor-Geral continuar seguindo com atenção a evolução do Esperanto como recurso para melhorar a compreensão entre diferentes nações e culturas.
  3. Convida os Estados-Membros a marcarem o centenário do Esperanto por meio de eventos convenientes, declarações, publicação de selos especiais e semelhantes, e instigar a introdução de programas de estudo sobre o problema da língua e sobre o Esperanto em suas escolas e suas instituições de ensino superior;
  4. Recomenda às Organizações Não Governamentais Internacionais aderirem às comemorações do centenário do Esperanto e discutirem a possibilidade de utilizar o Esperanto como recurso para divulgar entre seus membros todas as informações, inclusive aquelas sobre as atividades da UNESCO.
La Misio de Esperanto
Dum la multnombraj aliformiĝoj de la mondo, ne malmultaj estas la centroj, kiuj sin instalas nun sur la Tero, celante starigi la estontecon de la homaro. Se ĉie ni konstatas la disfalon de la homaj konstruaĵoj, renovigantan la vojon de l’ civilizacio, ni rigardas ankaŭ tiujn armeojn da laboristoj por la konstruaĵoj de l’ estonteco, kvazaŭ konstruantoj de nova mondo, dissemitaj sur la teraj vojoj, sed klopodantaj por rektigi iliajn direktojn.
 
Estas tiuj ja la laboristoj de la Dia progreso, firme tenantaj en la manoj la potencan pioĉon de la fido super ĉio al Tiu, Kiu estas la lumo de niaj destinoj. En la amaso de tiu preparado de renovigaj energioj celantaj la venontan jarmilon, mi deziras mencii Esperanton, fratece ĉirkaŭprenante nian fraton, kiu fariĝis sincera proklamanto de ĝia afero, en obeo al la Dia determinismo de l’ taskoj ricevitaj en la lumo de l’ spirita mondo.
 
Jesuo deklaris, ke Li ne venis sur nian planedon por detrui la Leĝon, same kiel Spiritismo en sia formo de Konsolanto ne starigis sin por elpeli la ekzistantajn religiojn. La Majstro venis por plenumi la principojn de la Leĝo tiel same kiel la konsolanta Doktrino venas por restarigi la Veron kaj reenkonduki la esperon en la korojn en tiu ĉi terura tempo por la mondo, kiam ĉiuj ties moralaj valoroj estas ĝisfundamente en danĝero antaŭ la doktrinoj de l’ perforto, kiuj ebriigis la cerbon de l’ nuntempa civilizacio, kiel maldolĉa veneno pereiganta la energion de maljuniĝinta korpo.
 
Esperanto ankaŭ ne venis, amikoj, por detrui la lingvojn uzatajn en la mondo en la interŝanĝado de la pensoj. Ĝia Misio estas la alta tasko de unuigo kaj kunfratigo, celante la universalan unuecon. Ĝia principo estas konkordo kaj ĝiaj apostoloj estas egale laborkunuloj de ĉiuj, kiuj sinoferadis por la dia idealo de l’ homa solidareco, ĉu en ĉi tiuj, ĉu en aliaj cirkonstancoj.
 
La Helpa Lingvo estas unu el la plej fortaj vokoj al frateco ankoraŭ aŭdataj sur nia planedo malriĉiĝinta je spiritaj valoroj, en la nuna momento de apartigemo, de aŭtarkio, de kolektiva egoismo, de falsita naciismo.
 
La ekzemplo de l’ moderna Eŭropo donas al ni ideon pri tiu dolora situacio: Ĉiuj popoloj havas entuziasmajn advokatojn, kiuj per varmegaj paroladoj pravigas tiun aŭ alian decidon de siaj registaroj. La nacioj estas grandaj tribunoj, kie ĉiu parolas pri si mem kaj humiligas la laborojn de sia frato. Oni protektas ĉiun politikan krimon, se ĝi nur estas farita interne de la landlimoj. Tamen la granda Eŭropo, tiu patrina noblega estaĵo, kiu kunlaboris por la homa perfektigo, kiu instruis kaj edukis, altigante la spiriton de la mondo, tiu havas neniun advokaton, posedas neniun voĉon por aŭdigi la ĝemojn de sia disŝirita koro, ĉar la landlimoj apartigis ĉiujn ĝiajn infanojn per dikaj muroj el sablo kaj ŝtalo, ĝin transformante en tiun dezerton malĝojigan por la koroj, kie ne ekzistas la fonto de amo por refortigi la animojn.
 
Ja, en la nuna tempo Esperanto estas forto promesanta unuigon kaj harmonion, ĉar ĝi faciligas la interŝanĝon de la universalaj valoroj. Ĉu revo? Ĉu propagando nur per parolo? Ĉu nova movado por starigi ekonomian profiton? Ĉiuj tiuj ĉi supozoj povos esti eldirataj de malatentaj spiritoj; sed nur de l’ malatentaj, kiuj atendas la ĝeneralan aliĝon por poste eldiri sian senĝenan elekton. Tamen tiuj, kiuj serĉas la lumon de la sincereco por ekzameni ĉiujn aferojn, tiuj scipovos trovi en la esperantista movado tiun renovigan lumon, kiu en sanktaj efektivigoj, jam nun, heligos pli malfrue la ideojn de la mondo, elstarigante la noblecon de ĝiaj principoj direktataj de tiu frateca sento, kiu venas el la Dia penso de Jesuo por ĉiuj verkoj de l’ homa evoluado.
 
Esperanto estas leciono de l’ frateco. Ni lernu ĝin por esplori sur la Tero la penson de la suferantoj kaj laborantoj sur aliaj kampoj. En laŭvorta senco mi diras: “ni lernu ĝin”, ĉar ni ankaŭ estas viaj laborkunuloj, kiuj jam akiris la esprimon de l’ universala penso, kaj al vi deziras tiun saman spiritan bonon, por ke tiamaniere ni organizadu sur la Tero la plej efikajn movadojn por unuecigo.
 
Dio estas adorata de la homoj tra multnombraj lingvoj, kiuj estas la sektoj kaj la religioj, ĉiuj celantaj la mirindan bonon de l’ esenca unueco. Ni kopiu tiun saĝan klopodon de la Dia naturo kaj marŝu al la sintezo de la esprimo, malgraŭ la diverseco de l’ procedoj per kiuj vi esprimas viajn pensojn.
 
Tiu tuta penado apartenas al la justa frateco kaj nun, petegante al Jesuo, ke Li benu la laborojn kaj esperojn de nia ĉeestanta frato, sanktigante la penadon lian kaj de liaj laborkunuloj en la sama tasko, kiu estas al ili donita de la spiritaj potencoj, mi lasas al vi ĉiuj mian deziron de paco, esperante por ni ĉiuj, humilaj disĉiploj de la Kristo, la refortigantan benon de Lia amo.
 
EMMANUEL (Spirito).
 
(Psikografie skribita de la mediumo Francisco Cândido Xavier la 19-an de Januaro 1940 en  la brazila  urbo Pedro Leopoldo kaj presita en la samjara Februara numero de la revuo “Reformador”, oficiala organo de la Brazila Spiritisma Federacio.)

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