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domingo, 10 de julho de 2011

Drogas: tratamento e prevenção

DROGAS: TRATAMENTO E PREVENÇÃO

Meu filho é viciado. O que fazer?
...O que fazer? Esta é a pergunta de tantas famílias que sofrem com seus filhos dependentes. Muitas por falta de informação deixam de acreditar na recuperação do familiar com tal problema.

Estaremos enumerando alguns conselhos que achamos de grande importância para aqueles que desejam ajudar seus filhos ante o problema das drogas:

Tenha calma, este não é o momento para desesperar-se;

Procure encontrar os prováveis motivos pelo qual levou o jovem a buscar solução nos vícios;

Trabalhe em cima do diálogo aberto e sincero. Lembre que você já foi um jovem e, provavelmente, também passou por esta fase;

Resgate a amizade, o amor e a confiança mútua;

Examine as amizades;

Reserve, todos os dias, um tempinho para conversar com ele;

Não lhe confie altos valores de dinheiro, principalmente se você não está sabendo qual o estágio da dependência dele;

A ajuda espiritual é essencial;

Dê-lhe apoio nas tarefas da escola, do trabalho ou da família;

No caso de a família não ter forças para superar o problema sozinho, procurar ajuda e apoio especializados.

A importância da família no processo terapêutico

Quando uma pessoa está em fase de tratamento, precisamos sempre observar que assim como sua vida estava em decadência, também o seu meio tende a apresentar certas debilidades. O que queremos dizer com isto? Não que a pessoa tornou-se uma dependente somente por causa de seu meio, mas que ele é um fator importantíssimo e de grande influência.

Então vemos o deslocamento do indivíduo para a internação, passando por um período de tratamento intensivo, que o leva a modificar sua forma de pensar, falar e agir. Ele se integra no "processo de mudança", tornando-se permanente e progressivo.

Mas existe também a grande necessidade de haver um trabalho com o meio ao qual esse indivíduo irá retornar após o período de recuperação. Esse meio nada mais é do que a sua casa, sua família. Por que a família em geral (pais, avós, tios, irmãos, esposas, filhos) são um dos grandes responsáveis pela situação deste indivíduo. Pessoas problemáticas vêm de uma família doente. Existem então certos fatores que precisam ser observados no meio ao qual este interno irá se reintegrar:

A conscientização da família

Muitas famílias não têm a humildade de reconhecer que também possuem uma parcela de culpa no problema do familiar dependente, dizendo que somente ele é o problemático, a "ovelha negra da família". Mas quando nos deparamos com as atitudes e decisões das famílias, vemos o quanto necessitam de uma mudança. A família precisa fazer uma auto-análise. Observar onde está a raiz dos problemas. Pode ser o relacionamento entre marido e mulher. Pode ser a falta de comunicação entre pais e filhos. Pode ser a desinformação e a alienação com relação aos vícios.

A busca do perdão

Todos os integrantes da família devem ter uma harmonia, buscando o amor, a compreensão e o perdão. Diariamente vemos famílias com grandes traumas e mágoas. A família precisa trabalhar em cima do perdão para que as feridas do passado possam ser cicatrizadas. Muitos ex-usuários nos relatam a dificuldade que encontram com suas famílias. Elas jogam na cara de que ele é quem foi o viciado e que precisava mudar, esquecendo a necessidade de perdoá-lo para que ele possa também se perdoar e levantar a cabeça.

Cultura do meio

Determinamos como cultura os costumes e tradições que são executadas normalmente pela família no cotidiano. um costume muito comum é todo fim de semana, fazer aquele churrasquinho e beber uma caipira ou algumas cervejas. Nesta tradição, vemos muitas crianças conhecendo a bebida alcoólica através de seus próprios pais. Temos exemplo de muitos alcoólatras que iniciaram a beber nestes churrasquinhos familiares quando criança. Costumes determinados incorretos podem abalar toda uma estrutura familiar, fazendo do lar um verdadeiro inferno, onde pessoas não se entendem, não se comunicam, os integrantes se tornam individualistas e preocupados só com seus problemas pessoais. Isto precisa ser muito bem observado, pois pode ser esta a "válvula de escape" na família. Como uma pessoa que está num processo de mudança tão sensível conseguirá sobreviver?

Reconhecimento do erro

Isso acontece muito com os casais onde o marido e a esposa defendem suas teses individuais. Seus pontos de vista são extremamente fechados, não dando valor às idéias do outro cônjuge. A partir deste individualismo, segue-se uma série de problemas, como discussões, dissoluções, brigas, e quase sempre, levando a uma vida infeliz e até à separação.

Neste caso, é preciso haver a compreensão entre as partes. Cada um deve reconhecer os seus erros. Reconhecer que a idéia do outro é mais fundamentada que a sua. Reconhecer a importância da colocação do seu próximo.

Este fator deve também ser observado entre pais e filhos. Cada um deve reconhecer as suas debilidades, onde cada um errou e como devem consertar o que está quebrado.

Importância da espiritualidade

Mais e mais os profissionais da área da saúde estão se convencendo da grande importância da restauração da vida espiritual. Neurologistas estrangeiros descobriram no cérebro humano um lugar o qual o chamam de "o lugar de Deus". Na verdade, a sociedade atual tem esquecido de Deus, dando lugar à soberba, à ganância e a tantos outros males da nossa atualidade. Deixaram de acreditar e confiar no Deus verdadeiro, desacreditando no seu poder restaurador.

Em nosso trabalho procuramos focar muito forte este aspecto, pois vemos homens e mulheres que chegam completamente destruídos, pensando não haver mais a solução. Nem mesmo eles acreditam na possibilidade de mudança. Aí levamos a mensagem de que mesmo com todos os seus problemas, existe um Deus maravilhoso que está de braços abertos para os perdoar, fazendo brotar nestas vidas derrotadas uma esperança de ser feliz!

Mas a família precisa assimilar a importância de também receber aquilo que seu familiar está recebendo no período de recuperação. Para que quando ele retorne à sua família, encontre pessoas que falem a mesma língua, que sentem o que ele sente.

Na verdade, a família precisa compreender que o fato de seu familiar ter entrado no submundo dos vícios nada mais é do que a conseqüência, onde as causas normalmente estão no meio familiar, de onde ele proveio. Cabe aos pais, aos maridos, às esposas, aos filhos, atentar para o processo de mudança, para que quando o internado retornar ao seio familiar, não encontre a sua casa da mesma forma que saiu.

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