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domingo, 10 de julho de 2011

Estudando O Livro dos Espíritos

RESUMO DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS - DAS CAUSAS PRIMÁRIAS

LIVRO 1 - Das Causas Primárias

CAPÍTULO I - DE DEUS

Deus e o Infinito (questões 1 a 3)
1 Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
2 Infinito: o que não tem começo nem fim.
3 Deus é infinito ? Definição incompleta, pobreza da linguagem dos homens.

Provas da existência de Deus (questões 4 a 9)
4 A prova da existência de Deus está num axioma “ Não há efeito sem causa, tudo que não é obra do homem...
5 Todos os homens trazem em si a idéia da existência de Deus.
6 O selvagem (sem educação) tem o sentimento intuitivo da idéia de Deus.
7 A causa primária da formação das coisas não está nas propriedades íntimas da matéria.
8 O universo não é obra do acaso. Seria absurdo considerar o acaso um ser inteligente.
9 A inteligência suprema e superior se revela no provérbio : “pela obra se conhece o autor”.

Atributos da divindade
10 O homem não consegue compreender a natureza do Criador, falta-lhe um sentido.
11 Quando o homem, pela perfeição se aproximar de Deus, ele o verá e compreenderá.
12 É possível compreender alguns dos atributos do Criador.
13 Alguns de seus atributos, mesmo sabendo que existem outros fora do nosso entendimento :
- Eterno - se tivesse tido princípio, teria saído do nada ou criado por um ser que seria Deus.
- Imutável - se estivesse sujeito às mudanças, as leis do Universo não seriam estáveis.
- Imaterial - se fosse material estaria sujeito às transformações matéria.
- Único - se houvessem mais deuses não haveria unidade de vistas nem poder no Universo.
- Onipotente - se não fosse haveria alguém mais poderoso, aí esse seria o Deus.
- Soberanamente justo e bom - a sabedoria das leis divinas reflete-se nas pequenas e grandes coisas.

Panteísmo
14 Deus é um ser distinto das criaturas. (Não confundir a obra com o autor!)
15 Não podendo fazer-se Deus, o homem quer ao menos ser uma parte Dele.
16 A inteligência de Deus se revela em suas obras, mas as obras de Deus não são o próprio Deus.

CAPÍTULO II - DOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO
Conhecimento do princípio das coisas
17 Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.
18 O “véu se levanta” à medida em que se depura, mas ainda precisa de faculdades que não possue.
19 A Ciência foi dada ao homem para seu adiantamento, mas há limites estabelecidos.
20 Quando é conveniente, Deus pode revelar o que à ciência não é dado apreender.

Espírito e matéria
21 Só Deus sabe se a matéria existe de toda a eternidade, mas Ele nunca ficou inativo.
22 A matéria existe em estados que ignoramos. Mesmo sendo etérea e sutil é sempre matéria.

a A matéria é o laço que prende o Espírito, instrumento de que se serve e sobre o qual atua.
23 Espírito é o princípio inteligente do Universo.
24 A inteligência é um atributo do espírito e não um sinônimo deste.
25 Espírito e matéria são distintos, mas a união dos dois intelectualiza a matéria.

a Sem a união do espírito com a matéria, não seria possível perceber o Espírito.
26 É possível conceber o espírito sem a matéria e vice-versa, pelo pensamento.
27 Deus, espírito e matéria constituem o princípio do que existe, o fluido universal é o intermediário entre os dois últimos.

a O fluido elétrico assim com o fluido magnético são modificações do fluido universal.

Propriedades da matéria
29 Ponderabilidade é uma propriedade da matéria, enquanto o fluido universal é imponderável e princípio da matéria.
30 A matéria é formada de um só elemento primitivo que não é o que conhecemos (ainda hoje).
31 As diversas propriedades da matéria são modificações das moléculas elementares ao se unirem.
32 Toda a matéria é modificação de uma única substância primitiva.
33 A mesma matéria elementar se modifica e adquiri propriedades diferentes.

a A matéria teria 3 propriedades: força, movimento e coesão molecular.
34 As moléculas têm forma apropriada.

a O que chamamos molécula está longe de ser elementar.

Espaço universal
35 O espaço universal é infinito e isso ainda não podemos compreender.
36 O que parece vazio está ocupado por matéria que escapa aos nossos sentidos, não existe vácuo.

CAPÍTULO III - DA CRIAÇÃO
Formação dos mundos
37 O Universo não fez a si próprio, é obra de Deus.
38 Deus criou o Universo por sua vontade.
39 Os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço.
40 Os cometas são mundos em formação, mas não tem a influência vulgar que lhe atribuem.
41 Mundos formados desaparecem e reaparecem renovados, assim como os seres vivos.
42 Nada puderam dizer sobre duração da formação dos mundos.

Formação dos seres vivos

43 A Terra começou a ser povoada após o caos, quando pouco a pouco cada coisa tomou seu lugar.
44 A Terra continhas os germens dos seres vivos, surgiram no momento propício.
45 Os elementos orgânicos, antes da formação na Terra, estavam em estado fluido no espaço.
46 Ainda há seres que nascem espontaneamente, multidões de vermes desabrocham a todo instante.
47 A espécie humana se encontrava entre os elementos orgânicos por isso se diz que o homem se formou do limbo.
48 Os nossos cálculos para conhecer a época do surgimento do homem na Terra, são quiméricos.
49 O sistema de reprodução substituiu a geração espontânea do início da vida no planeta.

Povoamento da terra. Adão
50 A espécie humana não começou por um único homem.
51 Adão viveu cerca de 4.000 anos A.C. mas é uma alegoria para designar uma raça tronco.

Diversidade das raças humanas
52 As diferenças físicas e morais das raças humanas provem do clima, da vida e dos costumes.
53 O homem surgiu em muitos pontos da Terra e em diversas épocas dando causa à diversidade das raças.

a Estas diferenças não constituem espécies distintas, todos são da mesma família.
54 Mesmo não nascidos de um único tronco, todos os homens são irmãos em Deus.
55 Todos os globos que se movem no espaço são habitados.
56 A constituição física dos diferentes globos de modo algum se assemelham.
57 Como a constituição física é diferente, os seres que os habitam também são.
58 Os mundos mais afastados do Sol não estão privados de luz e calor, existem outras fontes de energia.

Considerações e concordâncias bíblicas sobre a criação
59 A ciência teve que rever interpretações equivocadas da bíblia: o aparecimento de Adão; a Terra como o centro do universo; a criação do mundo em seis dias etc. Muitas partes da bíblia foram escritas de modo figurado. A ciência descobriu ser exata a ordem de aparecimento dos seres vivos segundo a Gênese Mosaica.

CAPÍTULO III - DO PRINCÍPIO VITAL
Seres orgânicos e inorgânicos
60 A lei atração que une os elementos da matéria orgânica e inorgânica é a mesma para todos.
61 A diferença entre substância inorgânica e orgânica é que nesta última a matéria está “animalizada”.
62 A causa da animalização da matéria orgânica é a sua união com o princípio vital.
63 O princípio vital é quem dá a vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.
64 O princípio vital é um subproduto do fluido universal.

a A vitalidade tem sua origem numa modificação da matéria (fluido) universal.
65 O princípio vital tem por fonte o fluido universal.
66 O princípio vital, responsável pelo movimento e pela atividade, varia conforme as espécies.
67 A vitalidade se desenvolve com o corpo, já que a união dos dois é necessária para produzir a vida.

a Pode-se dizer que a vitalidade está latente enquanto não unida a um corpo.

A vida e a morte

68 A causa da morte dos seres orgânicos é o esgotamento dos orgãos.
a A morte é comparável ao desarranjo de uma máquina.
69 A lesão de peças essenciais dos organismos é que causa a morte.
70 Na morte, a matéria inerte de decompõe e forma novos organismos, o princípio vital volta ao fluido universal.

Inteligência e instinto

71 A inteligência não é propriedade do princípio vital, mas precisa de orgãos com vitalidade para se manifestar.
72 A fonte da inteligência é a Inteligência Universal. Esta é uma das coisas que o homem não pode compreender.
a A inteligência é uma faculdade própria de cada ser e constitui a sua individualidade moral.
73 O instinto é uma espécie de inteligência sem raciocínio. Por ele os seres provêm às sua necessidades.
74 Impossível estabelecer fronteira entre instinto e inteligência, mas possível distinguir os atos de uma e de outra.
75 O instinto não diminue na razão do crescimento do intelecto e quase sempre nos guia com mais segurança.

a Se não fosse falseado pela má educação o instinto seria infalível. A razão permite escolha e dá o livre arbítrio.

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